"O ISEB foi fundamentalmente uma escola de intelectuais públicos que se reuniam sob a liderança de Hélio Jaguaribe para pensar o Brasil. Embora tivessem grande cultura, não estavam primordialmente preocupados com as pesquisas acadêmicas, mas em participar da vida pública com sua inteligência. Como seus membros viviam no Rio de Janeiro ou em São Paulo, durante algum tempo, em 1952, eles se encontravam em Itatiaia. Depois, com a fundação do Instituto Brasileiro de Economia, Sociologia e Política – IBESP, uma iniciativa de Hélio Jaguaribe, tornou-se essencialmente um grupo do Rio de Janeiro, e identificou-se com a sua principal publicação, os Cadernos do Nosso Tempo, uma revista que teve cinco números publicados entre 1953 e 1956. Em 1955, no governo Café Filho, o ISEB é criado, nos moldes da Escola Superior de Guerra, e passa a fazer parte do aparelho de Estado brasileiro. O fato era surpreendente, já que seus membros haviam apoiado Getulio Vargas, se oposto ao golpe que o derrubou, e naquele momento defendiam a eleição de Juscelino Kubitschek, de quem se esperava a continuidade da política nacional e industrializante de Vargas. Com a eleição de Juscelino, o ISEB, agora situado no aparelho de Estado, transforma-se no principal centro do pensamento nacionalista e desenvolvimentista brasileiro. Não obstante, o grupo não logrou ser parte ativa do governo Kubitschek. Tratava-se de intelectuais que, embora inseridos no aparelho de Estado e preocupados com a formulação de projetos de desenvolvimento, não tinham habilidades tecnocráticas nem políticas especiais. Sua força estava em suas ideias, não na ação" . (BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. O conceito de desenvolvimento do ISEB rediscutido. Dados, Rio de Janeiro , v. 47, n. 1, p. 49-84, 2004 . Available from .)
Sobre a atuação do ISEB e seus intelectuais, só não é possível afirmar que:
Escolha uma:
a. O cenário de produção de um discurso nacionalista que fortaleceu ao período JK pautou-se grandemente no pensamento de Hélio Jaguaribe, um dos principais intelectuais e líderes do ISEB.
b. Por se tratar de um órgão vinculado ao Ministério da Educação e Cultura, o ISEB não possuía autonomia administrativa legal nem liberdade para o desenvolvimento de pesquisas ou teses sobre o país.
c. Foi a reivindicação de alguns setores do pais, que tinham interesse no incentivo e na promoção do desenvolvimento nacional brasileiro, que fizeram com que se criasse o ISEB no âmbito da presidência da república.
d. O ISEB foi criado nos anos 1950 a partir da necessidade da época de ter-se projetos e avaliações da realidade política e social brasileira.
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Por se tratar de um órgão
vinculado ao Ministério da Educação e Cultura, o ISEB não possuía autonomia
administrativa legal nem liberdade para o desenvolvimento de pesquisas ou teses
sobre o país.
valdenecarvalho:
obrigada!
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