O homem é antes de mais nada um projeto que vive subjetivamente, em vez de ser um creme, qualquer coisa podre ou uma couve-flor. Nada existe anteriormente a esse projeto; nada há no céu inteligível, e o homem, diz Sartre, será antes de mais nada o que tiver projetado ser. Se no homem a existência precede a essência, ele será aquilo que fizer de sua vida, não havendo nada, além dele mesmo, de sua vontade, que determine o seu destino. (PENHA, J. O que é existencialismo. São Paulo: Brasiliense, 2004. p. 45.) REDIJA um texto explicando por que, para o existencialismo, não basta ao homem simplesmente ser.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Ai
Explicação:
Antes de chegar nesta tão celebre frase, Sartre passou por toda uma construção anterior desse pensamento desembocando posteriormente no pensamento conhecido como existencialista. Em L´Imaginaire desenvolve um pensamento separativista da percepção e da imaginação, em L´Être et le néant contesta o subconsciente freudiano desvinculando-se do determinismo religioso,e no qual no decorrer da leitura vê-se o cerne da idéia posterior de responsabilizar o homem pelos seus próprios atos expondo a idéia de liberdade como um aprisionamento do ser (“Não somos livres de ser livres”) já que o homem é o único ser capaz de criar o nada:
“Ao tomar uma decisão, percebo com angústia que nada me impede de voltar atrás. Minha liberdade é o único fundamento dos valores.”
Desta forma gera no homem a angustia de saber que nada o impede de voltar atrás, o medo de arcar com sua própria liberdade. Assim, condenados a uma liberdade insatisfatória, jamais alcançando o que realmente desejamos sendo, portanto, uma liberdade irrealizável.
A Existência precede a essência?
Para o pensamento de Sartre Deus não existe, portanto o homem nasce despido de tudo, qual seja um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem, o que significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebê-la, a única natureza pré-existente é a biológica, ou seja; a sobrevivência, o resto se adquire de tal forma que não vem do sujeito é ensinado a ele pelo mundo exterior.
Se Deus não existe não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim não teremos justificativa para nosso comportamento. Estamos sós, sem desculpas.
É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre (pensamento desenvolvido em o ser e o nada). Condenado, porque não se criou a si mesmo, mas por estar livre no mundo estamos condenados a ser livres, mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é, ou seja;
“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”.
O homem é aquilo que ele mesmo faz de si, é a isto que chamamos de subjetividade. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é de por todo o homem na posse do que ele é e de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. Para o existencialista não ter a quem culpar já que Deus não existe, e o subconsciente não existe é o que leva ao pensamento da liberdade não livre, pois, junto com eles, desaparecem toda e qualquer possibilidade de encontrar valores inteligíveis, nem um modelinho pré-definido a ser cumprido.
A fórmula "ser livre" não significa "obter o que se quer", e sim "determinar-se a escolher". Segundo Sartre o êxito não importa em absoluto à liberdade. Um prisioneiro não é livre para sair da prisão, nem sempre livre para desejar sua libertação, mas é sempre livre para tentar escapar.
Sendo livres somos responsáveis por nossas ações consequentemente somos livres para pensar e conceber nossos próprios paradigmas, não sendo então aquilo que fizeram de nós e sim nos criando a partir do que fizeram de nós. Somos o que escolhemos ser.
O existencialismo é uma escola filosófica da primeira metade do século XX que pregava que a "existência precede a essência".
Este lema, divulgado pelo expoente mais famoso do existencialismo, Jean-Paul Sartre, expõe que, para o existencialista, a essência é do homem é buscada por meio da sua liberdade - das potências que sua própria existência traz.
Determinismos ontológicos, sociais ou psicológicos, assim, ficam em segundo plano. Para Heidegger, neste sentido, sendo o homem livre e jogado "aí", no mundo - e, ao mesmo tempo, sendo o lugar onde o mundo exerce toda a sua influência - cabe a ele a tarefa de buscar uma existência autêntica.
A existência autêntica se dá, para Heidegger, com a apropriação não das coisas do mundo, mas da escolha do próprio homem em direção ao que lhe diz respeito. A existência inautêntica, deste modo, é o homem deixar-se levar pelo mundo em sua factualidade: age-se como todos, de modo medíocre, sem tomar para si a posse da própria existência - do próprio destino.
Para saber mais: brainly.com.br/tarefa/45761688