O grande desafio é decidir qual profissão seguir ; especialmente num período cheio de pressão de familiares e da escola para a aprovação numa universidade. Para ser exitoso nessa missão, o segredo está em apostar em autoconhecimento, organização e pesquisa sobre a área de interesse. É o que defende Fernando Aguiar, mestre em psicologia pela Universidade de Brasília (UnB) que desenvolveu uma metodologia vocacional. (...)
*Quais são as dificuldades envolvidas ao decidir por uma profissão?
São obstáculos diferentes para cada pessoa. E os desafios não existem apenas ao escolher uma carreira. Ao longo da trajetória, a pessoa vai se deparar com perguntas que sempre voltam, como; será que é isso que eu quero continuar fazendo pelo resto da minha vida?
*O fato de estudantes do ensino médio serem pressionados a decidir uma carreira é prejudicial? Como lidar com isso?
Sim. Essa pressão para a escolha profissional e a falta de preparação pode gerar estresse, depressão e ansiedade, além de dificuldade para dormir e irritabilidade. A melhor maneira de aliviar essa tensão é se conhecer, pois as pessoas nunca vão parar de pressionar. Quando você se prepara e se compreende, a pressão terá menos peso.
*Como os jovens podem ter clareza sobre qual carreira seguir?
Qualquer processo de escolha ou planejamento tem de começar com o autoconhecimento. É preciso pensar sobre as respostas para perguntas como ;quem sou eu?; e ;o que quero para a minha vida?; Na internet, há vários testes de orientação profissional gratuitos que pecam por priorizar apenas os cursos disponíveis no mercado em vez de valorizar o autoconhecimento. Todo profissional terá algum momento de crise ao longo da carreira; é nessas horas que a gente reflete sobre o que deseja continuar fazendo pelo resto da vida. Se tiver feito uma escolha desconectada com os próprios propósitos, a pessoa pode se sentir forçada a permanecer trabalhando com aquilo por falta de outra oportunidade, o que causa sofrimento e até adoecimento. Só com o autoconhecimento é possível fazer escolhas benfeitas.
*Como começar essa jornada de autoconhecimento?
É difícil, dá trabalho. Normalmente, é algo complexo de se fazer sozinho. A ajuda de amigos, familiares ou de um profissional se faz necessária para que a pessoa possa entender as próprias características e interesses. Para quem quer iniciar esse processo sozinho, uma sugestão é fazer uma lista de coisas de que gosta e outra de coisas de que não gosta. Escreva sobre quem você é e sua trajetória de vida, explicando com o que se identifica ou não. Colocar no papel pode ajudá-lo a visualizar seu perfil no mundo.
*Muitos jovens que vão prestar vestibular ou Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) se sentem numa encruzilhada sobre a escolha da profissão. Às vezes, não se identificam com nenhum curso. Qual a dica para quem está nessa situação?
A única opção é se preparar. O que acontece muito é que jovens só se preocupam com isso no 3º ano do ensino médio. É importante começar a pensar no 1º ano do ensino médio.
* O senhor viveu isso na sua época?
Eu, particularmente, não. Desde muito cedo, eu sabia que queria fazer psicologia. No entanto, cogitei cursar filosofia, mas a única opção que via nessa área era dar aula e eu não queria ficar limitado apenas a isso. Eu vi que a psicologia me daria mais possibilidade de atuação em diversos ambientes, como clínicas e escolas.
* Por que para alguns é mais fácil fazer essa escolha do que para outros?
Os que têm mais facilidade no processo são os que já têm autoconhecimento, pois, se a pessoa não se conhece, fica difícil decidir sobre algo. Ter o apoio de familiares ajuda bastante, pois eles podem fazer perguntas para ajudar o jovem a pensar no que fazer. Visitar uma universidade para saber mais dos cursos e conhecer profissionais das suas áreas de interesse é uma boa aposta. Para decidir, não dá para pensar numa graduação só na teoria, é preciso conhecer a prática e, a partir daí, pensar nas habilidades que você precisa desenvolver para se dar bem naquela área e traçar um planejamento para isso.
* Que peso deve ter o dinheiro durante a definição de uma carreira? Como conciliar felicidade e rendimentos?
Não adianta optar por uma profissão só porque ela dá dinheiro se você não gosta dela. O resultado será frustração e adoecimento. O aspecto financeiro tem um papel importante, e isso deve ser levado em consideração. É necessário pesquisar o quão fácil ou difícil é ganhar dinheiro naquela área. Mas, no geral, se alguém faz o que ama, aumenta em muito as chances de se tornar um excelente profissional e, consequentemente, ganhar bem.
Disponível em: . Acesso em 26 out. 2020.
1) O objetivo dos subtítulo nesta entrevista é: *
1 ponto
A) introduzir um juízo de valor de uma leitora.
B) apresentar uma complementação do título.
C) reproduzir uma interferência do jornal.
D) evidenciar a opinião da jornalista.
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta: Letra b
EU não sei se realmente achei o subtitulo mas decretei que era o: especialmente num período cheio de pressão de familiares e da escola para a aprovação numa universidade
e tambem normalmente é a função normal de um subtitulo
Respondido por
0
Resposta:
Resposta: Letra B
Explicação:
Olha meu caro amigo (a) não sei se realmente achei o subtitulo mas decretei que era, especialmente num período cheio de pressão de familiares e da escola para a aprovação numa universidade.
Espero ter ajudado :3
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