O fundalismo foi um período longo na história descreva sua estrutura social e os papéis das classes
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Resposta:
O feudalismo foi a forma de organização social e econômica instituída na Europa Ocidental entre os séculos V a XV, durante a Idade Média. Baseava-se em grandes propriedades de terra, chamadas de feudos, que pertenciam aos senhores feudais, e a mão de obra era servil.
Com a queda do Império Romano do Ocidente e a invasão dos povos bárbaros entre os séculos IV e V, a Europa atravessou um período de ruralização, isto é, os moradores da cidade se deslocaram para o campo, fugindo da instabilidade provocada pela movimentação dos bárbaros.
A partir do século XV, o feudalismo entrou em crise por conta das mudanças ocorridas na Europa, como os renascimentos cultural, urbano e comercial.
Explicação:
Sociedade feudal
Uma das causas da queda do Império Romano do Ocidente foi a invasão bárbara. Os povos que estavam fora dos limites do grande império atravessaram as suas fronteiras e adentraram no território, alcançando Roma. A capital do império foi saqueada pelos bárbaros. Essa ação violenta e a desestruturação do Império Romano fizeram com que os moradores das cidades fugissem para o campo em busca de proteção e trabalho.
Nessa transição entre a queda do Império Romano, ocorrida no século IV d.C., e o início da Idade Média, observa-se a ruralização da Europa, ou seja, as cidades perderam suas forças para o campo. Os senhores feudais, os donos dos feudos, tornaram-se poderosos por conta da valorização as terras. Enquanto os imperadores concentravam poderes nos tempos de domínio romano, no feudalismo, o poder foi descentralizado nas mãos desses senhores donos das terras.
A Igreja Católica se fortaleceu nesse período ao fazer alianças com os reis bárbaros que instalaram seus domínios na Europa. Dessa forma, os povos pertencentes a esses reinos foram convertidos ao cristianismo, e o papa se tornou poderoso não somente nos assuntos celestiais, mas também políticos. Iniciava-se a tradição, que se estendeu até o século XIX, dos papas coroarem os novos reis, uma cerimônia que marcava a aproximação da Igreja com o poder político.
O clero se tornou uma classe social poderosa e atuante na formação da mentalidade medieval. A crença se baseava na força divina contra o maligno e na negação do fiel sobre os prazeres mundanos em busca da salvação da sua alma. A cultura clássica ficou guardada nos mosteiros para ser preservada das invasões, e os monges copistas tiveram papel importante na reprodução desses escritos.
A ruralização europeia promoveu o fortalecimento dos nobres. A nobreza era formada pelos senhores feudais, por cavaleiros que garantiam a segurança dos feudos e por outros donos de terras. Nessa classe social se desenvolveu a fidelidade entre suseranos e vassalos. Os suseranos eram aqueles que concediam terras e outros favores aos vassalos, e estes, em troca, deveriam retribuir o favor quando solicitados. Essa fidelidade era uma característica dos povos bárbaros e que foi incorporada nas relações sociais feudais. Fazia-se uma cerimônia para tornar público o acordo firmado.
Ao contrário da Idade Antiga, quando a mão de obra era escravizada, durante o período medieval, a mão de obra era servil. Os servos eram a maioria da população e originários daqueles que fugiram das invasões bárbaras e se abrigaram nos feudos. Em troca de moradia e proteção, os servos trabalhavam para os senhores feudais e para a sobrevivência deles mesmos e de suas famílias. A eles cabiam inúmeras exigências, cobranças sobre os usos dos utensílios pertencentes ao senhor feudal, a entrega de parte da produção, o dízimo para a Igreja.
A sociedade feudal era rural, estruturada nos feudos, e a minoria que estava no topo da pirâmide social (nobres e clero) era sustentada pela classe de maior tamanho e a única que trabalhava, a dos servos. Era uma sociedade estamental, que não permitia a mobilidade social, conforme um ditado da época: “Existem aqueles que lutam (nobres), aqueles que rezam (clero) e aqueles que trabalham (servos)”.