“O filósofo grego Epicuro escreveu: ‘O essencial para nossa felicidade é nossa condição íntima e dela somos senhores’. Ser senhor de si [...] e ser capaz de philia – isto é, de reciprocidade, de relação intersubjetiva como coexistência e não-violência – é o núcleo da vida ética. Como disse Epicuro, ‘a justiça não existe por si própria, mas encontra-se sempre nas relações recíprocas [...]’”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. p. 472. “Enquanto Demócrito é levado a dirigir-se a todos os lugares do mundo, Epicuro só duas ou três vezes abandona o seu jardim de Atenas [...], enquanto Demócrito, descrendo da ciência, opta pela cegueira, Epicuro, ao sentir aproximar-se a hora da morte, mete-se num banho quente, exige vinho puro e recomenda aos seus amigos que sejam fiéis à filosofia.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARX, K. Diferença entre as filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro. Trad. Conceição Jardim e Eduardo Lúcio Nogueira. Lisboa: Presença, 1972. p. 149. Considerando os fragmentos de texto e os conteúdos do livro-base Caminhos da Filosofia sobre a escola cirenaica, o hedonismo e Epicuro, leia as afirmativas a seguir: I. A felicidade para Epicuro é caracterizada pela emancipação da dor e das tribulações da vida, eis porque os relatos sobre sua vida apontam para uma vida tranquila, longe dos excessos. II. Assim como os hedonistas clássicos, da escola cirenaica, Epicuro acreditava na busca do prazer como princípio e fonte da Felicidade acima de tudo. III. Para os hedonistas, discípulos de Cirene, não há limites definidos entre a dor e o prazer. Acreditavam que a busca pelo sofrimento era tão recompensante quanto a busca por prazeres fúteis. IV. Tanto para Epicuro como para os cirenaicos, o fim da vida é a felicidade. Embora os segundos identificassem a felicidade com os prazeres mundanos, o primeiro acreditava que a felicidade era um estado de equilíbrio e supressão da dor. Está correto apenas o que se afirma em:
Soluções para a tarefa
Sobre a escola cirenaica, o hedonismo e Epicuro:
I. incorreto. Epicuro ensinava que era fundamental aprender a escolher somente os prazeres que propiciassem o equilíbrio e a tranquilidade da alma, pois nem todos os prazeres devem ser buscados e nem todas as dores devem ser evitadas.
Para Epicuro é importante levar em conta não só o momento imediato, mas também os possíveis desdobramentos daquilo que se esta escolhendo, na medida em que essa escolha pode resultar em maior tranquilidade ou perturbação para o indivíduo
II. Incorreto. O hedonismo de Epicuro se diferenciou do cirenaico ao explicitar que o prazer a ser buscado é aquele que é refletido, analisado e que se tem em conta as consequências ou implicações de sua escolha.
Epicuro condenava o prazer desenfreado, pois ao contrário de propiciar a saúde do corpo e o equilíbrio da alma, acabava tendo um resultado negativo, ou seja, o prazer convertia-se em dores e em desequilíbrios.
III. Incorreto. Os cirenaicos sustentavam a tese de que o prazer era o fim supremo da vida humana e, portanto, o homem deveria buscar todo prazer e evitar toda dor.
Os cirenaicos defendiam que todo prazer deveria ser buscado indistintamente, pois consideravam que não existiam graduações entre um prazer e outro e a dor era um mau que deveria ser evitada a qualquer custo.
IV. Correto. Para os cirenaicos, a felicidade não poderia ser outra coisa que não o somatório dos prazeres experienciados, não admitindo um estado de prazer, de calma ou estático.
Para Epicuro, o prazer da alma produz o equilíbrio necessário para uma vida feliz, conforme afirmou: "a tranquilidade perfeita e a ausência completa de sofrimento são prazeres estáticos; a alegria e o deleite são prazeres em movimento enquanto vistos em sua atividade"
Bons estudos!