o filósofo alemão Karl Marx ficou conhecido por suas reflexões sobre o capitalismo na era do desenvolvimento industrial europeu. Suas críticas ao capital são amplamente estudadas até os dias de hoje. Sobre a dialética marxista assinale a alternativa incorreta:
Soluções para a tarefa
Materialismo historico dialetico foi refutado pelo filosofo austriaco Ludwig Von Mises, participante da marginalizada (infelizmente) escola austriaca de economia. a seguir vou apresentar de forma curta uma critica partida de um pensamento Misesiano ao MHD.
(i) Em primeiro lugar, o nome: o termo materialismo é no mínimo estranho, pois apesar de máquinas e ferramentas serem de fato materiais, o processo que as originou é essencialmente mental. São as ideias dos homens em sociedade que dão origem a todas as inovações e é esse processo criativo que, em última análise, influencia a história. No entanto, Marx ignora esse ponto e descreve, erroneamente, o surgimento de novas tecnologias como um fato material original, fornecido pela natureza, como se, do nada, caísse de paraquedas sobre a humanidade. Ao não tentar explicar como ocorrem as invenções, ele acaba se esquecendo o papel das ideias no jogo da história e que, na verdade, o processo mental criativo é um fato irredutível na natureza humana.
(ii) Aqui entra a primeira contradição nessa concepção marxista. Não é possível, simultaneamente, glorificar o surgimento de novos meios produtivos e ao mesmo tempo atacar o acúmulo de capital, pois sem o último, é virtualmente impossível haver qualquer inovação. O conceito de preferência temporal é inevitável aqui, pois o homem só trocará um bem presente por um bem futuro se esperar um aumento da sua quantidade de bens futuros. A taxa de preferência temporal, vai determinar a recompensa que apresentam os bens presentes em relação aos bens futuros e o montante de poupança e de investimento. E daí surge naturalmente a taxa de juros, que é o reflexo das preferencias temporais subjetivas de cada indivíduo em sociedade. Assim, nenhuma oferta de novos bens produtivos é possível sem a abstenção de um possível consumo de bens presentes (um excesso de produção atual em relação ao consumo atual). E nenhuma demanda por empréstimos existiria se ninguém vislumbrasse uma oportunidade de empregar produtivamente bens presentes – i.e., de investi-los com a finalidade de efetuar uma produção futura que fosse superior aos atuais bens presentes. A oferta de empréstimos só surge se, em primeiro lugar, for reconhecido que os processos indiretos de produção (mais complexos) geram uma maior ou melhor produção por insumo do que os processos diretos (menos complexos). Curiosamente, é precisamente esse conceito de preferência temporal e a explanação aqui desenvolvida que explica o lucro do empresário, pois o montante a mais é justamente originado pela abstenção de consumo passado, mais o rendimento dos novos ativos produzidos. Mises resume assim: “O que é necessário, além do planejamento e conhecimento tecnológico, é um capital acumulado anteriormente através da poupança. Cada passo dado no caminho rumo à melhoria tecnológica pressupõe o capital necessário. As nações chamadas hoje em dia de subdesenvolvidas sabem o que é necessário para melhorar o seu aparato atrasado de produção. Os projetos para a construção de to- das as máquinas que eles querem adquirir estão prontos ou poderiam ser terminados num espaço muito curto de tempo. É apenas a falta de capital que os impede.” A conclusão é que as relações de produção na verdade não se originam das forças materiais produtivas mas, pelo contrário, são uma condição indispensável para que estas venham a existir
(iii) Nosso último ponto, e talvez o mais importante, é o seguinte: a utilização das máquinas pressupõe uma divisão social do trabalho. Isso implica que o argumento marxista é circular. Vejamos. A divisão do trabalho é um processo chave da civilização e essencialmente natural e espontâneo, emergindo das naturais diferenças entre os seres humanos. Trata-se também de um processo de cooperação, sem o qual nenhuma máquina pode, virtualmente, vir a ser criada e utilizada. Sendo que os laços humanos em sociedade são estritamente necessários para o surgimento dos fatores de produção, então como estes podem ser usados para explicar as origens da sociedade? As forças materiais produtivas só podem surgir dentro de um esquema de um nexo social pré-existente e, como pontuado no primeiro item, não se originam do nada, como um “free lunch” dado pela natureza.
espero ter ajudado.
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