O existencialismo é caracterizado por?
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
Deve-se entender por existencialista qualquer filosofia que seja concebida e se exerça como análise da existência, sendo ",existência" uma palavra que designa o modo de estar do homem no mundo.
O existencialismo é assim caracterizado, em primeiro lugar, pelo fato de pôr em questão o modo de ser do homem; e, dado que entende este modo de ser como modo de ser no mundo, caracteriza-se em segundo lugar pelo fato de pôr em questão o próprio "mundo", sem pressupor o 'ser como já dado ou constituído. A análise da existência não será então o simples esclarecimento ou interpretação dos modos que o mundo se apresenta utilizando as suas possibilidades cognitivas, emotivas e práticas, mas também, e simultaneamente, o esclarecimento e a interpretação dos modos como o mundo se manifesta ao homem e determina ou condiciona as suas possibilidades. A relação homem-mundo constitui assim o tema único de toda a filosofia existencialista. No entanto, este tema é privado, no existencialismo, de qualquer característica idealista. O ser do mundo não está no homem, ou na consciência, não é "posto" pelo homem ou pela sua consciência, constituindo antes um ser transcendente que se anuncia ou se manifesta como tal nas estruturas que constituem o homem. Por outro lado, estas estruturas são apenas os modos possíveis de relacionação entre o homem e o mundo, e de actuação ou reacção nos confrontos entre ambos, já que uma outra característica fundamental do existencialismo é a de usar a noção de possibilidade na análise da existência; a existência é essencialmente possibilidade, e os seus constituintes são os modos possíveis de relacionação ido homem com o mundo, isto é, as possibilidades de facto, bem determinadas, de tal relacionação.
Os precedentes históricos próximos do existencialismo são a fenomenologia de Husserl e a filosofia de Kierkegaard. Da fenomenologia de Husserl ele aproveitou a ontologia, isto é, a concepção de um ser (mundo) que se revela melhor ou pior ao homem segundo estruturas que constituem os modos de ser do próprio homem. E da filosofia de Kierkegaard aproveitou a categoria fundamental de que se serve na análise da existência, ou seja, a da possibilidade, entendida esta no seu carácter ameaçador e paralisante que é devido ao fato de tornar problemática a relação do homem com o mundo e de excluir de tal relação a garantia de um sucesso infalível.
O existencialismo é assim caracterizado, em primeiro lugar, pelo fato de pôr em questão o modo de ser do homem; e, dado que entende este modo de ser como modo de ser no mundo, caracteriza-se em segundo lugar pelo fato de pôr em questão o próprio "mundo", sem pressupor o 'ser como já dado ou constituído. A análise da existência não será então o simples esclarecimento ou interpretação dos modos que o mundo se apresenta utilizando as suas possibilidades cognitivas, emotivas e práticas, mas também, e simultaneamente, o esclarecimento e a interpretação dos modos como o mundo se manifesta ao homem e determina ou condiciona as suas possibilidades. A relação homem-mundo constitui assim o tema único de toda a filosofia existencialista. No entanto, este tema é privado, no existencialismo, de qualquer característica idealista. O ser do mundo não está no homem, ou na consciência, não é "posto" pelo homem ou pela sua consciência, constituindo antes um ser transcendente que se anuncia ou se manifesta como tal nas estruturas que constituem o homem. Por outro lado, estas estruturas são apenas os modos possíveis de relacionação entre o homem e o mundo, e de actuação ou reacção nos confrontos entre ambos, já que uma outra característica fundamental do existencialismo é a de usar a noção de possibilidade na análise da existência; a existência é essencialmente possibilidade, e os seus constituintes são os modos possíveis de relacionação ido homem com o mundo, isto é, as possibilidades de facto, bem determinadas, de tal relacionação.
Os precedentes históricos próximos do existencialismo são a fenomenologia de Husserl e a filosofia de Kierkegaard. Da fenomenologia de Husserl ele aproveitou a ontologia, isto é, a concepção de um ser (mundo) que se revela melhor ou pior ao homem segundo estruturas que constituem os modos de ser do próprio homem. E da filosofia de Kierkegaard aproveitou a categoria fundamental de que se serve na análise da existência, ou seja, a da possibilidade, entendida esta no seu carácter ameaçador e paralisante que é devido ao fato de tornar problemática a relação do homem com o mundo e de excluir de tal relação a garantia de um sucesso infalível.
Perguntas interessantes
Português,
10 meses atrás
Matemática,
10 meses atrás
Português,
10 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
Matemática,
1 ano atrás