O estudo Internet and American Life Project, do Pew Research Center, demonstrou que, em 2009, metade das buscas de temas relacionados à saúde na internet era feita para terceiros, e quase seis em cada dez pessoas que usaram meios digitais para se informar sobre saúde mudaram o enfoque com que cuidavam da própria saúde ou da de algum parente. Estima-se que exista uma correlação positiva entre o grau de conhecimento das doenças (seus fatores de risco, formas de prevenção e tratamento) e a taxa de adoção de hábitos saudáveis pela sociedade. O aumento nos diagnósticos precoces do câncer de mama e a diminuição do tabagismo são dois exemplos clássicos a favor dessa ideia. Acredita-se que indivíduos mais bem informados aderem a comportamentos preventivos e reagem melhor a uma enfermidade. Infelizmente, a divulgação de temas médicos é uma faca de dois gumes: quem não sabe nada está mais perto da verdade do que a pessoa cuja mente está cheia de informações equivocadas. Conseguir que a mensagem seja bem decodificada pelos receptores é o grande desafio que preocupa (ou deveria preocupar) tanto médicos quanto jornalistas. TABAKMAN, R. A saúde na mídia: medicina para jornalistas, jornalismo para médicos. Trad. Lizandra Magon de Almeida. São Paulo: Summus Editorial, 2013 (adaptado). TEXTO II: De acordo com os dados da última TIC Domicílios & pesquisa realizada anualmente com o objetivo de mapear formas de uso das tecnologias de informação e comunicação no país è, aproximadamente 46% dos usuários de Internet no Brasil uti lizam a rede à procura de informações médicas sobre saúde em geral e serviços de saúde. Para uma médica e pesquisadora da Fiocruz, os indivíduos sempre procuraram informações sobre seu estado de saúde, mas é inegável que o surgimento da Internet trouxe um aumento significativo do acesso a informações amplificando assim os reflexos deste processo e alterando a relação entre os indivíduos. A pesquisadora chama a atenção para o perigo do autodiagnóstico e da automedicação, que podem gerar consequências nefastas tanto para os indivíduos quanto para a saúde pública, uma vez que boa parte dos estudos mostra que não são adotados critérios durante as buscas na Internet. Disponível em: https://agencia.fi ocruz.br/conteudos- sobre-saude- 12 na-web-alteram-relacao-medico-paciente. Acesso em: 16 abr. 2020 (adaptado). Considerando a abordagem dos textos, avalie as afirmações a seguir. I. Os textos I e II evidenciam a importância de critérios nas buscas realizadas pelos usuários da Internet por informações sobre patologías, pois algumas informações podem trazer riscos à saúde por fomentarem a compreensão equivocada de sintomas e profilaxias. II. O texto I afirma que a disponibilização de informações sobre temas de saúde nos meios de comunicação tem contribuído para o esclarecimento da população acerca de hábitos saudáveis. III. No texto II, defende-se o acesso a informações relativas a pesquisas da área da saúde nos veículos de comunicação, pois elas permitem que o indivíduo seja proativo na prevenção de patologias.
É correto o que se afirma em
II e III, apenas.
I, apenas.
I e II, apenas.
I, II e III
III
Soluções para a tarefa
Resposta:
A
Explicação:
Sobre a automedicação, as afirmativas mais coerentes para esta questão seriam II e III, a opção A.
Para um melhor entendimento da resposta, faz-se necessário a compreensão de alguns conhecimentos sobre a relação prejudicial da internet com a medicina, tais como autodiagnósticos e seus perigos para a sociedade.
O que é se automedicar?
Com o acesso a tecnologia, os tratamentos médicos têm sido subestimados cada vez mais, e a taxa de pessoas jovens que frequentam os médicos vêm diminuindo.
A disponibilidade de informações médicas na internet cria um ambiente propício para as pessoas se diagnosticarem e se automedicarem. Ciente disso, a ANVISA interveio criando uma cartilha com orientações sobre o assunto afim de evitar a alta ingestão de medicamentos sem supervisão médica.
Perigos da automedicação
Todo medicamento tem efeitos colaterais e, quando ingerido incorretamente, pode causar mais mal do que bem ao organismo.
Pode-se causar: intoxicação, interação medicamentosa, alívio dos sintomas que mascara o diagnóstico correto da doença, reação alérgica, dependência, resistência ao medicamento.
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