História, perguntado por jmoura935, 1 ano atrás

o coronelismo e voto de cabresto fazem parte de uma pervesa engrenagem que compõem a política dos governadores nesse sentido explique de que forma essas práticas e o coronelismo e o voto de cabresto contribuíram para a funcionar para você na mente das política dos governadores​

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Respondido por joaolcavalcante
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Resposta:

Coronelismo é uma expressão que se refere a um período da história do Brasil em que o poder político era concentrado nas mãos de fazendeiros e de coronéis.

A fase mais marcante do coronelismo aconteceu durante a República Velha, que durou de 1889 até 1930. A República Velha terminou depois da Revolução de 1930.

Qual a origem do coronelismo?

O coronelismo faz parte de um período da história do Brasil em que o país tinha muitas fazendas e proprietários de terras (latifundiários). Por terem interesses em comum, nessa época existia uma relação de proximidade entre os donos dessas terras e os governantes. Assim, nas questões políticas existia uma troca de ajuda entre eles.

Os donos das terras recebiam dos governantes o título de coronel. Esse título dava a eles o poder político de comandar e tomar decisões sobre uma região.

Em troca disso os coronéis davam seu apoio político para esses governantes continuassem no poder. Essa é a origem do voto de cabresto.

O que era o voto de cabresto?

O voto de cabresto era a maneira usada pelos coronéis para ter o controle sobre o voto de outras pessoas, ou seja, para garantir que os candidatos apoiados por eles fossem eleitos. O voto de cabresto é a característica mais marcante do coronelismo e durante essa época foi muito comum.

O voto era aberto, ou seja, não existia segredo sobre a escolha de voto de um eleitor. Isso facilitava para que os coronéis tivessem controle sobre o voto dos eleitores da região que comandavam.

O voto de cabresto acontecia da seguinte forma: os coronéis tinham o seu "curral eleitoral", que era o nome dado às pessoas que dependiam dele de alguma forma. Em geral o voto era conseguido em troca de alguma ajuda dada pelo coronel. O voto podia ser trocado por alimentos, roupas ou trabalho, por exemplo.

Dessa maneira, durante o período de eleições, o coronel obrigava que as pessoas do seu "curral eleitoral" votassem no candidato que ele apoiava. Caso um eleitor se negasse a votar na indicação do coronel era comum que fossem usadas táticas de intimidação ou de violência, principalmente pelas mãos dos empregados dos coronéis, que eram chamados de capangas.

Características do coronelismo

Além do voto de cabresto o período do coronelismo tinha outras características como a política do café com leite, a política dos governadores e as fraudes nas eleições.

Política do café com leite

A política do café com leite era a concentração de poder político e financeiro nas mãos dos fazendeiros dos estados de São Paulo e de Minas Gerais.

A política ficou conhecida com esse nome porque esses estados concentravam grande parte da riqueza produzida no país. Minas Gerais era um grande produtor e exportador de café e São Paulo era um grande produtor de leite.

Por serem grandes produtores os fazendeiros desses estados tinham muito domínio financeiro e político, assim eles controlavam a política do país.

Política dos governadores

A política dos governadores foi o nome dados aos acordos políticos que eram feitos entre os governadores dos estados e o presidente do Brasil.

O objetivo desses acordos era garantir os interesses dos governadores dos estados e do presidente. Era uma forma de evitar oposições políticas às decisões dos governadores.

Fraudes nas eleições

Juntamente com o voto de cabresto, outras atitudes que fraudavam os resultados das eleições eram muito comuns durante o coronelismo, principalmente porque o sistema de voto na época não era muito seguro.

Para garantir que os seus candidatos fossem eleitos os coronéis usavam a prática do voto fantasma, que era a falsificação de documentos de eleitores que não existiam e que contabilizavam votos a mais.

Também não existia muito controle sobre as urnas e as cédulas de voto. Era comum que as cédulas fossem alteradas e que as urnas fossem roubadas ou trocadas.

Fim do coronelismo

O coronelismo começou a enfraquecer quando Getúlio Vargas assumiu a presidência do Brasil em 1930. Getúlio Vargas foi o líder da Revolução de 1930, que acabou com o período da República Velha e terminou em um Golpe de Estado.

O presidente assumiu logo depois do golpe, tomando o lugar de Júlio Prestes que tinha sido eleito presidente por eleições diretas.

Mas o coronelismo não deixou de existir rapidamente. Apesar de perderem força depois da Revolução de 1930, algumas práticas do coronelismo resistiram até 1960, principalmente nas regiões do interior do país.

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