O cidadão não pode recusar-se a arcar com os impostos que lhe são cobrados; uma censura impertinente de tais taxas, na ocasião em que deve pagá-las, pode até mesmo ser punida como um escândalo [...]. Apesar disso, o mesmo indivíduo não age contra o dever de um cidadão, quando, na condição de instruído, exprime publicamente seus pensamentos contra a impropriedade ou mesmo injustiça de tais imposições. (KANT, I. Resposta à questão: O que é esclarecimento? Trad. Vinicius de Figueiredo. In: MARÇAL, J.; CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (Orgs.). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 410.) Como fica claro na passagem acima, para Kant os homens não poderiam agir segundo o próprio entendimento quando se trata de cumprir as leis. Construa uma argumentação mostrando em que sentido essa afirmação não constitui uma contradição em relação à defesa que o filósofo faz, no conjunto do texto, de um uso autônomo do entendimento.
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Dentro do modelo proposto por Kant, embora os sujeitos sejam variados, o uso autônomo da Razão produz, sistematicamente, sempre os mesmos princípios, já que a Razão é uma e a mesma para todos os variados indivíduos.
Deste modo, não há contradição entre obediência geral às leis (desde que estas sejam leis racionais, que respeitam os princípios morais) e a autonomia racional pois a única coisa que a autonomia poderia provar seria a validade geral dos princípios que as regem e, consequentemente, a necessidade de segui-las para o máximo bem comum (que, para Kant, implica no máximo bem individual).
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