O Brasil tem um rebanho aproximado de 14 milhões de caprinos (IBGE, 2012), sendo 12 600 000 na região Nordeste,364 000 na Norte, 428 000 na Sudeste, 190 000 na Centro-Oeste e 438 000 na Sul. A caprinocultura apresenta uma sériede problemas de criação, como enfermidades infecto contagiosas, com destaque para a artrite-encefalite dos caprinos(CAE), linfadenite caseosa e micoplasmoses, além de verminoses, broncopneumonias e doenças de recém-nascidos.A artrite-encefalite caprina é uma doença introduzida no Brasil pela importação de reprodutoresinfectados e disseminada por intermédio da distribuição de matrizes. Estudos epidemiológicos apontam ocrescente número de animais infectados nas várias regiões de criação de caprinos, principalmente de raçasleiteiras. Casos clínicos de caprinos acometidos por artrites, mamites e pneumonias decorrentes da CAE estãose tornando mais frequentes. Entre as medidas de controle de enfermidades propostas pelo RegulamentoTécnico do Plano Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos (Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento), destacam-se o cadastro de estabelecimentos, o controle de trânsito de animais, a certificaçãode estabelecimentos, o cadastramento de médicos veterinários do setor privado e o credenciamento delaboratórios para a realização de exames diagnósticos das doenças de controle oficial.A partir das informações do texto, avalie as afirmações a seguir.I. A CAE é causada por um retrovírus e manifesta-se por artrite que, nos animais adultos, afetaprincipalmente a articulação cárpica e(ou) társica.II. A CAE é crônica, com período de incubação longo, evolução clínica lenta e progressiva, que afetaalgumas raças de caprinos, com predominância nos rebanhos de corte.III. O diagnóstico da CAE só pode ser confirmado pelo isolamento viral, comprovando a presença doagente causador da doença.IV. O vírus causador da CAE persiste no organismo por toda a vida do animal, e essa condição facilitasua transmissão por intermédio de fômites, agulhas, equipamentos para tatuagem, aplicadoresde brincos e material cirúrgico contaminado.V. São medidas de controle da CAE: evitar contato de animais sadios com infectados; impedir que ocabrito mame colostro ou leite contaminado; fazer a destinação adequada da placenta e a desinfecçãoda baia logo após o parto; realizar a ordenha das cabras soronegativas antes das soropositivas.É correto apenas o que se afirma emA I e IV.B I, II e III.C I, IV e V.D II, III e V.E II, III, IV e V
#ENADE
Soluções para a tarefa
Questões I, IV e V são verdadeiras, alternativa C
1) Primeiramente, vamos analisar cada alternativa de resposta para ao final definir as quais estão corretas. Assim, teremos:
I) A CAE é causada por um retrovírus e manifesta-se por artrite que, nos animais adultos, afeta principalmente a articulação cárpica e(ou) társica. VERDADEIRO, pois a CAE realmente é causada por um retrovírus e se manifesta principalmente em animais adultos afetando suas articulações. A doeça na forma encefalítica é mais freqüente em animais jovens e a forma artrítica, em animais adultos.
II) A CAE é crônica, com período de incubação longo, evolução clínica lenta e progressiva, que afeta algumas raças de caprinos, com predominância nos rebanhos de corte. FALSO, uma vez que a CAE pode levar anos para causar os primeiros sintomas nos animais, contudo não apresenta predominância em rebanhos de corte.
III) O diagnóstico da CAE só pode ser confirmado pelo isolamento viral, comprovando a presença doagente causador da doença. FALSO, de acordo com a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) o diagnóstico também pode ser realizado atravez da detecção de anticorpos no soro sanguíneo.
IV) O vírus causador da CAE persiste no organismo por toda a vida do animal, e essa condição facilita sua transmissão por intermédio de fômites, agulhas, equipamentos para tatuagem, aplicadoresde brincos e material cirúrgico contaminado.VERDADEIRO, sua transmissão occore de duas forma horizontal e vertivas atraves de instrumentos de manejo ou o contato de animais sadios com secreções de animais doentes.
V) São medidas de controle da CAE: evitar contato de animais sadios com infectados; impedir que ocabrito mame colostro ou leite contaminado; fazer a destinação adequada da placenta e a desinfecçãoda baia logo após o parto; realizar a ordenha das cabras soronegativas antes das soropositivas. VERDADEIRO, todas as medidas apresentadas fazem parte das medidas de prevenção ditas pelos veterinários.