O banco mundial chega ao interior das escolas públicas por meio de programas, projetos e planos elaborados por seus técnicos e conselheiros e endossados pelo ministério da educação, separando o pensar e o fazer. A comunidade escolar é apenas informada sobre os programas, projetos e planos, recebendo orientações necessárias ao preenchimento de formulários e à prestação de contas. A reflexão sobre o trabalho pedagógico diluiu-se em meio a tantos procedimentos burocráticos a serem cumpridos. Os diretores, técnicos e conselheiros afirmam sua disposição em fazer com que as escolas se assemelhem às empresas comerciais, utilizando-se dos próprios canais do sistema educacional para introjetar o modelo gerencial racional de gestão no espaço público. No contexto escolar, o projeto político-pedagógico tornou-se secundário, mas instrumento para justificar o sistema e servir à burocracia. [. ] temos um enorme desafio (silva, 2003, p. 299)
Soluções para a tarefa
Diante do exposto no texto, podemos concluir que o grande desafio seja recolocar o projeto político-pedagógico como um dos elementos da gestão democrática, de emancipação e justiça social. Portanto, a alternativa correta para esta questão é a letra "c".
Banco Mundial
O Banco Mundial possui relações com o governo brasileiro desde 1946, quando financiou o projeto para o ensino industrial da escola técnica de Curitiba. As relações entre diretores, técnicos e conselheiros do Banco Mundial e a equipe de técnicos do Ministério da Educação do Brasil deveriam, a priori, ter como finalidade a cooperação e a assistência técnica na área econômica e social.
Segundo Maria Abádia da Silva, como expõe no texto acima, a manutenção desta relação foi de "uma simples recomendação até exigências institucionais a serem cumpridas para a obtenção de outros empréstimos." (SILVA, M.A. da. Do projeto político do Banco Mundial ao Projeto Político Pedagógico da escola pública brasileira. Cad. Cedes, Campinas, v. 23, n. 61, dezembro 2003)
Compreende-se, na crítica de Maria Abádia, uma forte insatisfação com as diretrizes do Banco Mundial que, segundo ela, separam o conceito de pensar e fazer, impondo à comunidade escolar uma função puramente executiva, diluindo a fundamental reflexão sobre o trabalho pedagógico.
Ao entender que o projeto político-pedagógico tornou-se secundário, em prol da burocracia e do sistema, podemos concluir que o grande desafio seja, portanto, contrariar as diretrizes impostas pelo Banco Mundial e devolver o projeto político-pedagógico à sua posição elementar na gestão democrática, de emancipação e justiça social.
Complemento da Questão:
Diante do exposto no texto acima, podemos concluir que o grande desafio seja:
a) Aceitar passivamente ordens e orientações sem discuti-las, pois essas formas de controles estão instauradas há muito tempo.
b) Nos comprometer com a formação de boa qualidade e para isso compreender nossa responsabilidade aceitando os programas instaurados.
c) Recolocar o projeto político-pedagógico como um dos elementos da gestão democrática, de emancipação e justiça social.
d) Entender que a educação é de responsabilidade do governo e, portanto, agir passivamente mediante as regras e normas instituídas.
e) Atingir os índices dos resultados esperados, pois como a avaliação é parte da política do Banco, sem os índices não haverá custeio dos programas educacionais.
Aprenda mais sobre a influência do Banco Mundial nos modelos pedagógicos adotados no Brasil em:
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