O bambu e a Amendoeira
Num bosque, certa vez, um caule franzino de bambu cresceu junto a uma imponente amendoeira. Quase todas
as manhãs, quando o sol nascia e lançava seus raios sobre a terra, a amendoeira dizia:
-Apolo, o deus solar, gosta de mim. Por isso me envia seus raios, para me fortalecer cada vez mais e para que
eu me torne cada vez mais linda.
-Ora, amiga! – Respondia o caule, com voz modesta. – Eu também estou aqui lembra? Um pouco das bênçãos
solares de Apolo também são enviadas a mim.
-Nem pensar – replica, rindo, a amendoeira. – Você não passa de um fiapo. A arvore aqui sou eu. Logo você
murchará ou então alguém o cortará para fabricar caniços de pesca. Mas uma amendoeira como eu continuará
a existir por mais de um século!
O bambu se calava, sem coragem para responder. Contudo, no seu íntimo, sentia possuir uma força que
ninguém mais via. Tentava se consolar com isso e aguentar os maus tratos da amendoeira.
Aconteceu, então, numa noite, Zeus, lá do Olimpo, estava furioso com alguma coisa – vaidoso como era o
Senhor dos Imortais, estava sempre aborrecido com alguém, fosse deus ou um pobre humano. Talvez seu mau
humor se devesse a ter farejado um boi sendo queimado numa pira, num sacrifício em sua homenagem, como
era tão comum entre os gregos; mas, pelo cheiro da carne, Zeus pode ter desconfiado de que não era a melhor
do rebanho do devoto. Ou, então, estava ressentido contra alguma vila, que não construirá um templo em sua
homenagem, como ele achava devido.
Ora, Zeus não perdoava que meros mortais deixassem de adivinhar seus desejos, afinal, oráculos existiam para
que os seres humanos os consultassem sobre a vontade dos deuses, que dirá um humano tentasse enganá-lo,
com um boi de segunda categoria.
Assim, enquanto não decidia que castigo daria aos que haviam ofendido, o poderoso Senhor dos Céus
descarregou sua raiva fazendo descer sobre aquele bosque uma tenebrosa tempestade. Raios. Trovões. E
muito, muito vento.
O bambu, franzino e flexível, curvou-se ao vento. Seu caule desceu quase ate o chão. Mas suas raízes
continuaram agarradas a terra.
Já a amendoeira não teve a mesma sorte. Não podendo se curvar, enfrentou o vento de frente. Em dado
momento, com imenso estrondo, suas raízes se romperam, e o grosso e poderoso tronco veio abaixo.
Foi desse modo lamentável que a amendoeira encontrou seu fim, enquanto o bambu sobreviveu à tormenta.
Moral da história ou Reflexão: De nada adianta, força, inteligência, beleza, se não tiver flexibilidade frente a
problemas e desafios. O bambu se curvou lindamente, mas não se rompeu!
O Fazendeiro e seus Filhos
Um rico e já velho fazendeiro, vendo que não lhe restava muito tempo de vida pela frente, chamou seus filhos à
beira do seu leito, e lhes disse:
ºESCOLA MANUEL OSTERNO SILVA
PORTUGUÊS – 6(A) (B) (C) (D) - DATA: 13 A 17/09/2021
PROFESSORAS: FÁTIMA SAMPAIO
ALUNO(A):
"Meus filhos, escutem com atenção o que tenho para lhes dizer. Não façam partilha da fazenda que por muitas
gerações tem pertencido a nossa família. Em algum lugar dela, no campo, enterrado, há um valioso tesouro
escondido. Não sei o ponto exato, mas ele está lá, e com certeza o encontrarão. Se esforcem, e em sua busca,
não deixem nenhum ponto daquele vasto terreno intocado."
Dito isso, o velho homem morreu. E tão logo foi enterrado, seus filhos começaram seu trabalho de busca.
Cavaram com vontade e força, revirando cada pedaço de terra da fazenda com suas pás e seus fortes braços.
E continuaram por muitos dias, removendo e revirando toda porção de terra que encontravam pela frente. E
depois de feito todo trabalho, o fizeram outra vez, e mais outra, duas, três vezes.
E nenhum tesouro foi ali encontrado. Mas, ao final da colheita, quando eles se sentaram para conferir seus
ganhos, descobriram que haviam lucrado mais que todos seus vizinhos. Isso ocorreu porque ao revirarem a
terra, o terreno se tornara mais fértil, mais favorável ao plantio, tendo como consequência, a generosa safra
colhida.
Só então eles compreenderam que a fortuna da qual seu pai lhes falara era a abundante colheita, e que, a partir
de seus esforços, como mérito, haviam encontrado o verdadeiro tesouro.
Moral da História: O Trabalho diligente, ordeiro e continuado, é em si um tesouro sem preço...
✓ Após a leitura e apreciação das Fábulas “O bambu e a Amendoeira” e “O Fazendeiro e seus Filhos”,
reflita um pouco sobre a moral e responda: você concorda ou discorda da moral que o autor trás ao final
de cada texto, qual a sua opinião?
andrearguerson98:
please.
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Após a leitura dos dois textos, é possível compreender que a mensagem da primeira fábula (“O bambu e a Amendoeira”) é sobre a força e a inteligência, que são virtudes positivas.
No entanto, elas não servirão para nada se o indivíduo não possui flexibilidade diante dos problemas, como foi no caso da amendoeira.
O texto "O Fazendeiro e seus Filhos” tem como objetivo ensinar para os leitores a importância do trabalho duro e a realização das nossas metas. O pai, ao deixar a fazenda para os seus filhos também os deixou uma grande virtude: a do esforço para conquistar o tesouro.
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