O Auto da Barca do Inferno (1516), de Gil Vicente, se encerra
com a chegada dos Cavaleiros cruzados, que assim são rece-
bidos pelo Anjo, o timoneiro da Barca do Céu:
ANJO Ó cavaleiros de Deus
A vós estou esperando,
Que morrestes pelejando
Por Cristo, Senhor dos céus.
Sois livres de todo mal,
Santos por certo sem falha;
Que quem morre em tal batalha
Merece paz eternal.
Porto: Lello & Irmão Editores, 1965, p. 247.)
(Gil Vicente, “Auto da Barca do Inferno”, in: Obras de Gil Vicente.
Sobre essa passagem, é incorreto dizer:
A) Os Cavaleiros representam aqueles que morreram em ba-
talhas nas quais territórios em poder dos mouros foram
reconquistados por reinos cristãos.
B) O fato de os Cavaleiros merecerem a “paz eternal” des-
toa da mensagem religiosa da peça, que condena aqueles
que, como eles, mataram e pecaram.
C) Os Cavaleiros funcionam como símbolos das Cruzadas
e da expansão marítima portuguesa, também assumida
como uma empresa de caráter religioso.
D) O teatro de Gil Vicente, como boa parte do teatro medie-
val, era escrito em versos, apresentando rimas e regulari-
dade métrica.
E) Os Cavaleiros se ligam à expansão marítima portuguesa,
contexto no qual se insere, por exemplo, o episódio do
descobrimento do Brasil, em 1500.
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Letra B.
Os cavaleiros merecem a "paz eternal" porque morreram em nome da expansão da fé católica, o que condiz plenamente com a mensagem religiosa da peça.
Os cavaleiros merecem a "paz eternal" porque morreram em nome da expansão da fé católica, o que condiz plenamente com a mensagem religiosa da peça.
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