O ato de transportar para o papel o trabalho feito no computador é para todo usuário uma atividade que produz certo grau de ansiedade, seja esse trabalho um complexo e dispendioso projeto mecânico ou de arquitetura, ou simplesmente uma carta comercial. Por mais que no computador tudo possa parecer em ordem, até a cópia impressa o comprova, o usuário não se sentirá seguro da informação que foi gerada. Além disso, os sistemas de impressão costumam apresentar sempre algum imprevisto. Essa necessidade de o usuário ver e sentir materialmente o resultado de seu trabalho criou um paradoxo no mundo da informática.
Com a popularização dos computadores e da tecnologia de transmissão de informações, muitas empresas já entregaram seus trabalhos sobre algum tipo de suporte digital, desde disquetes até CDs-ROM. Para aqueles que trabalham a distância, o uso da Internet se transformou em uma ferramenta de comunicação fundamental. Na América Latina já existem escritórios de arquitetura que se comunicam pela internet com seus clientes locais tão distantes como o Japão. Essas novas tecnologias não só reduzem custos de papel, impressão e correio, como também eliminam a necessidade de manipulação física dos documentos. O mesmo ocorre com as maquetes tradicionais, substituídas, aos poucos, por modelos de computadores em três dimensões.
Entretanto, apesar do desenvolvimento de tantas novas tecnologias, nada indica que a impressão em papel tão cedo deixará de existir, particularmente no que se refere aos usuários de sistema CAD (Desenho Assistido por Computador). Prova disso é que a tecnologia de equipamentos de impressão (impressoras, plotters, papéis especiais, tintas) se desenvolve com a mesma velocidade que os meios eletrônicos. Hoje em dia, é possível encontrar no mercado equipamentos para as mais diversas finalidades, desde o mais simples jato de tinta de U$ 300 até uma sofisticada plotter de tinta sólida com preço em torno de U$ 100 mil. Mais ainda, as tecnologias de comunicação de dados estão se integrando às tecnologias de impressão para permitir que documentos sejam produzidos e impressos em qualquer lugar do mundo.
BRASIL, SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa: 5ª a 8ª. série. Brasília: SEF, 1998.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a leitura é um processo de interação ativa entre autor-leitor mediado pelo texto, no qual o leitor, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e sobre a linguagem, realiza um trabalho de compreensão e interpretação do texto. Além disso, ler não é apenas extrair informação, decodificando letra por letra ou palavra por palavra, mas uma atividade que implica estratégias que o leitor aciona para a compreensão e interpretação de um texto.
Após a leitura do texto, considere as assertivas e, na sequência, assinale a alternativa correta.
I. O paradoxo a que se refere o texto constitui-se na existência de maquetes tradicionais ao lado de modelos computadorizados em três dimensões.
II. Compreende-se que ao usar a expressão “mais ainda”, no último parágrafo do texto, o autor apresenta um novo argumento para defender a ideia de que a impressão em papel não é algo em extinção.
III. No primeiro parágrafo, em “Por mais que no computador tudo possa parecer em ordem, o usuário costuma sentir certa insegurança”, é possível trocar o elemento coesivo “por mais que” por “a não ser que” sem alterar a coerência do texto.
IV. Baseando-se neste texto, o professor pode, por exemplo, trabalhar com a organização do léxico e a exploração do vocabulário em sala de aula.
É correto o que se afirma em
Alternativas
Alternativa 1:
II e III, apenas.
Alternativa 2:
II e IV, apenas.
Alternativa 3:
I, II e III, apenas.
Alternativa 4:
I, II e IV, apenas.
Alternativa 5:
II, III e IV, apenas.
Soluções para a tarefa
Resposta: Alternativa 02 (II e IV)
Explicação: Não existe paradoxo, e também quando lemos a frase substituindo o "por mais que" por "a não ser que" ela não tem o mesmo sentido.
Após a leitura dos textos, considerando as assertivas dadas, conclui-se que a alternativa correta é a 2:
√ II e IV, apenas.
Abaixo, a explicação do porquê.
Transportar para o papel o trabalho feito no computador
Verifando as alterantivas, vê-se que a alternativa I não pode estar correta, porque o paradoxo a que se refere o texto não constitui-se apenas na existência de maquetes tradicionais ao lado de modelos computadorizados em três dimensões.
⇒O paradoxo se dá por outros fatores também, dentre eles o fato de que enquanto muitas empresas terem aderido ao "digital" como meio de comunição, ainda existirem profissionais que preferem ter o material de trabalho em mãos.
A alternativa II está correta porque "mais ainda" neste contexto, realmente apresenta um novo argumento.
Já a III está incorreta porque se trocarmos o elemento coesivo comparativo "por mais que" pelo "a não ser que", teremos o sentido de "exclusão" ou "condição": se não acontecer X, não teremos Y.
Na IV, a veracidade se vê não pelo fato do texto afirmar diretamente o que está descrito, mas sim, por deixar subentendido que existe um leque de possibilidades para se usar em sala de aula fora do digital.
⇒Apenas a tecnologia por ela mesma não causa grandes transformações em sala de aula, pelo contrário: é muito mais o método que se usa, do que a mídia, que fazem de uma aula boa, ou não.
Mais sobre didática aqui https://brainly.com.br/tarefa/51229456
#SPJ2