O artigo "O fetichismo na música como regressão da audição", escrito em 1938, representa um marco para o tipo de análise elaborada pela Escola. Nele Adorno desenvolve de maneira sistemática a relação entre cultura e mercadoria. Retomando a noção de fetichismo trabalhada por Lukacs, ele procura compreender como a cultura, de valor de uso, se transforma em valor de troca. O artigo se contrapunha às hipóteses formuladas pela equipe de Lazarfeld, mas era também uma resposta ao texto de Benjamin, "A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução", que acabava de ser publicado na revista do Instituto. Benjamin acreditava que o cinema testemunharia o surgimento de um novo tipo de arte que revolucionaria o conceito tradicional de obra de arte. Ele via ainda a obra cinematográfica como um elemento que articulava a reflexão crítica ao divertimento. "No cinema, o público não separa a crítica da fruição. Mais do que em qualquer outra parte, o elemento decisivo aqui é que as reações individuais ficam determinadas desde o começo pela virtualidade imediata do seu caráter coletivo" (Benjamim). Em sua crítica, Adorno dirá que Benjamin esquece o lado dialético da questão: subestima a arte tradicional no que ela tem de negadora da sociedade real, e supervaloriza a dimensão crítica de uma cultura massificada (Adorno). Dificilmente Adorno poderia concordar com a visão de uma arte de massa que pudesse resolver a contradição entre reflexão e fruição. O que ele mostra em seus estudos americanos é que a cultura de massa não é arte, e que a função da indústria cultural seria narcotizante. Ela se realizaria como entretenimento; o público, ao se divertir, seria captado pelo fetichismo do produto, se afastando de qualquer atitude reflexiva. Uma crítica da cultura teria necessariamente que levar em conta as transformações que ocorrem com o capitalismo avançado. Adorno dirá que ela deve considerar alguns pontos. Escolha a alternativa que NÃO faz parte do que refere-se Adorno:
A)
vivemos numa sociedade sem mercadorias, pois esta foi substituida pela sociedade de serviços.
B)
vivemos numa sociedade de mercadorias.
C)
existe uma tendência para a concentração de capital, o que significa a produção de bens padronizados.
D)
por um lado a padronização segue as condições da economia contemporânea, por outro ela é um modo de preservar a sociedade de mercadorias.
E)
os antagonismos não mais se limitam à esfera cultural. A indústria cultural aparece portanto como uma fábrica de bens culturais que são comercializados a partir de seu valor de troca.
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Resposta:
letra A)
Vivemos numa sociedade sem mercadorias, pois esta foi substituída pela sociedade de serviços.
Explicação:
silenebertelli:
letra A
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A ideia de sociedade pós moderna, se conecta com as mudanças dinâmicas que os espaços sociais passaram, o que inclui as tecnologias, a música, a política e os diferentes aspectos ao nosso redor como um todo. A partir dessa base, vemos uma forte substituição da sociedade sem mercadoria pela sociedade de serviços. Letra A.
Como notamos a base para o pensamento de Benjamim e Adorno?
Walter Benjamim tem uma noção mais otimista em relação a modernidade e sua chegada, enquanto isso, Adorno buscou criticar a sociedade de consumo que vinha crescendo conforme a expansão da urbanização acelerava.
Mais sobre a sociedade pós moderna:
https://brainly.com.br/tarefa/21226461
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Anexos:
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