História, perguntado por grazisousa617, 7 meses atrás

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Respondido por wilsonlundungo
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Resposta:

Se não amarmos [a nossa literatura], ninguém o fará por

nós. Se não lermos as obras que a compõem, ninguém

as tomará do esquecimento, descaso ou incompreensão.

Ninguém, além de nós, poderá dar vida a essas

tentativas muitas vezes débeis, outras vezes fortes,

sempre tocantes, em que os homens do passado, no

fundo de uma terra inculta, em meio a uma aclimação

penosa da cultura europeia, procuravam estilizar para

nós, seus descendentes, os sentimentos que

experimentavam, as observações que faziam, − dos

quais se formaram os nossos.

Antonio Candido3

A conclamação acima é uma defesa apaixonada (e apaixonante) de uma apreciação

mais séria das obras que compõem a literatura brasileira. Ela evoca um espaço (o “fundo de

uma terra inculta”) e condições de produção (a “aclimação penosa da cultura europeia”) que

acabam alçando além do objeto defendido (a literatura brasileira) e nos remetem a outras

literaturas nacionais igualmente afetadas pelo fenômeno do colonialismo e cujos méritos

foram (e ainda são, em certo sentido) igualmente avaliados contra os parâmetros da tradição

europeia, como ocorre com a literatura australiana.

No entanto, constatamos que, com raras exceções − que é o caso do trabalho

comparativo entre as obras de Érico Veríssimo e Patrick White, de autoria de Ian Alexander

− os pontos de contato entre as literaturas brasileira e australiana têm sido ainda muito pouco

explorados.4

Em um ensaio jornalístico, Alexander pleiteia a comparação entre as literaturas

brasileira e australiana e assinala várias semelhanças histórico-geográfico-culturais entre os

dois países. Ele menciona, por exemplo, a magnitude quase continental dos territórios (5º e 6º

Explicação:

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