Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar
banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes
das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
(...)
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas
ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
CAMPOS, Alvaro de. Poema em linha reta.
O texto apresenta o emprego recorrente de formas verbais como “têm sido”, “tenho tido”, “tenho sido”, “tenho enrolado”, “tenho sofrido”. Sobre tais construções, pode-se afirmar que:
A
traduzem ações ou estados do passado ainda não concluídos
B
expressam ações ou estados passados anteriores a outros também do passado
C
apresentam ações que se referem ao momento presente.
D
revelam situações do cotidiano sobre as quais o eu lírico apresenta dúvidas.
E
indicam ações ou estados de um passado recente, que tangencia o
Soluções para a tarefa
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Resposta: Letra c) Apresentam ações que se referem ao momento presente.
Explicação: As formas verbais são do pretérito perfeito composto do indicativo e, assim, se voltam para o passado, um passado bem próximo do presente
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