Nossas Cidades
Nossas cidades não são uma selva de asfalto e concreto; são enormes zoológicos humanos, onde vivemos em condições que não são naturais para a nossa espécie e onde corremos perigo também de enlouquecer de tensão, de adoecermos de civilização, pelo nariz, pela boca, pelos ouvidos.
Você, por exemplo, respira de 20 mil a 30 mil vezes por dia, inspirando de cada vez mais ou menos meio litro de ar. Cerca de 30% desse ar enche 350 milhões de minúsculos compartimentos no pulmão, onde o sangue troca o venenoso dióxido de carbono por oxigênio, sem o qual a vida é impossível. Nas grandes cidades, o ar contém centenas de toxinas que prejudicam o desenvolvimento normal das células. Os gases que escapam dos veículos a gasolina, por exemplo, impedem a perfeita oxigenação do sangue e provocam alergias, doenças do coração e câncer. O monóxido de carbono é assimilado pelos glóbulos vermelhos 200 vezes mais depressa que o oxigênio. E o chumbo, derivado do tetraetileno de chumbo, é prejudicial acima de 100 milionésimos de grama por metro cúbico de ar, concentração que já existe em qualquer cidade de tamanho médio no Brasil.
E a água que bebemos? Os rios, principal fonte de água potável, são usados como canais de esgoto e despejo. A vida animal, na maior parte dos rios que abastecem as grandes cidades, já não existe, porque a vida é impossível, não está para peixe. Esse líquido clorado, recuperado, da nossa era higiênica tem pouca coisa a ver com a água potável, de nascente, digna de peixe e de homem. Estações de tratamento, filtros, toda a química disponível não consegue esconder que estamos bebendo um líquido que supre as nossas necessidades vitais, mas que é chamado água apenas por hábito.
Além disso, estamos ficando surdos. Em cada cem cariocas (ou paulistas, ou gaúchos), dez têm problemas de audição e cinco foram vítimas da poluição sonora. Hoje em dia há duas vezes mais pessoas surdas do que há dez anos, e a gente da cidade só ouve sons a partir de 36 decibéis, 10 na melhor hipótese, enquanto o homem do campo ouve ruídos de até 1 decibel.
Dor de cabeça, fadiga excessiva, nervosismo, distúrbios de equilíbrio, afecções cardíacas e vasculares, anemias, úlceras de estômago, distúrbios gastrintestinais, neuroses, distúrbios glandulares, curto-circuitos nervosos, tudo isso pode ser provocado pelo barulho das grandes cidades. E nem é preciso que seja barulho excessivo, porque, na maior parte das vezes, ele já é incômodo e contínuo.
Enjaulados, enquanto não fizermos desse zoológico um jardim mais verde, mais limpo, mais saudável, menos neurótico, a única solução é sairmos de vez em quando oara respirar ar puro, beber água de verdade, ouvir o silêncio, sentir os cheiros da vida e reconquistar a tranqüilidade perdida.
LOBO, L. Turismo em foco. Ano IV, n.19. p.19
3) O uso do parágrafo
A maioria dos textos é estruturado em parágrafos. Você sabe o que são parágrafos? E qual a sua função em um texto?
Os parágrafos dividem o texto em partes e servem para organizá-lo, mostrando a mudança de assunto dentro do mesmo.
Cada parágrafo começa afastado da margem, é iniciado com letra maiúscula, termina com um sinal de pontuação adequado para o tipo de frase que foi escrita. Agora que você já sabe o que é um parágrafo, indique abaixo a ideia central de cada um deles.
a) 1º parágrafo:
b) 2º parágrafo:
c) 3º parágrafo:
d) 4º parágrafo:
e) 5º parágrafo:
f) 6º parágrafo:
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1-nossas cidades n sai uma selva de asfalto e cincreto
2-são enormes zoológicos humanos,onde vivemos em condições que n são naturais para a nossa especie e ondecorremos perigo tbem de enlouquecer de tensão,de adoercemo os de civilização, pelo nariz,pela voca ,e pelos ouvidos.
2-são enormes zoológicos humanos,onde vivemos em condições que n são naturais para a nossa especie e ondecorremos perigo tbem de enlouquecer de tensão,de adoercemo os de civilização, pelo nariz,pela voca ,e pelos ouvidos.
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