No pensamento moderno, observa-se, também, que há uma valorização do saber ativo em oposição ao saber contemplativo dos pensadores antigos e medievais. O conhecimento não deve partir apenas das teorias ou filosofias, mas da própria realidade observada e submetida a experimentações. No livro Discurso do método, Descartes propõe quatro regras simples para separar o conhecimento verdadeiro do falso: a evidência, a análise, a síntese e a verificação. Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir e associe os termos às suas características: a) Evidência; b) Análise; c) Síntese; d) Verificação. 1)Esta regra é a de fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais a ponto de se ficar seguro de não ter omitido nada. 2) Esta regra é a de dividir cada problema que se estuda em tantas partes menores quanto for possível e necessário para melhor resolvê-lo. 3)Esta fase que pode ser assim exposta: não se deve acatar nunca como verdadeiro o que não se reconhece ser como tal. 4)Esta fase é a de recompor o todo ou o conjunto com ordem, e criar uma cadeia de raciocínio que se desenvolva do simples ao complexo e que também corresponda à realidade. Assinale a alternativa que reúne a CORRESPONDÊNCIA CORRETA entre os itens: A) A3, B1, C4, D2. B) A2, B3, C1, D4. C) A3, B2, C4, D1. D) A1, B3, C4, D2. E) A4, B3, C2, D1.
Soluções para a tarefa
Resposta:
sabe a resposta?
Resposta:
Letra C > A3, B2, C4, D1
Explicação:
No livro Discurso do método, Descartes propõe quatro regras simples para separar o conhecimento verdadeiro do falso:
1. A primeira regra é a da EVIDÊNCIA e que pode ser assim exposta: “não se deve acatar nunca como verdadeiro o que não se reconhece ser tal pela evidência” (Apud REALE & ANTISERI, 2003, p. 359);
2. A segunda regra é a de “dividir cada problema que se estuda em tantas partes menores quantas for possível e necessário para melhor resolvê-los (sic)” (Apud REALE & ANTISERI, 2003, p. 360). Descartes defende o uso da ANÁLISE (dividir o conjunto em partes) ou método analítico, que para ele é o único que pode levar à evidência porque transforma alguma coisa complexa em algo simples e permite ao intelecto compreender o seu objeto com clareza;
3. A terceira regra é a de “conduzir com ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para elevar-se, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais complexos” (Apud REALE & ANTISERI, 2003, p. 360). Para o conhecimento, a divisão do conjunto em seus elementos mais simples não é suficiente porque teremos, então, como resultado, um conjunto desarticulado e ininteligível de elementos. É preciso proceder à SÍNTESE (ou método sintético), ou seja, recompor o todo ou o conjunto com ordem e criar uma cadeia de raciocínio que se desenvolva do simples ao complexo e que também corresponda à realidade;
4. A última regra é “fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais a ponto de se ficar seguro de não ter omitido nada” (Apud REALE & ANTISERI, 2003, p. 361). A fim de evitar erros, é preciso proceder à VERIFICAÇÃO de cada uma das passagens do método. Assim, verifica-se se a análise é completa e depois se a síntese está correta.