História, perguntado por elias108, 1 ano atrás

no mundo contemporâneo que formas de exclusão social transcendem a as barreiras imposta pelo poder aquisitivo

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Respondido por gabrielksantos
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Nesse sentido, compreendendo a um só tempo a elaboração de novas linguagens e a constituição de um meio de arte, a dinâmica artística dos anos 70 conforma autêntico comprometimento existencial por parte de seus agentes. Daí o rigor e a vitalidade dos trabalhos produzidos na época, que trafegam, por assim dizer, pela lacuna estabelecida entre arte e realidade da arte num movimento em mão dupla, capaz de definir trajetórias profissionais particulares e fundamentar a atual fisionomia de nosso meio de arte. Reconhecemos nesse movimento a constituição de um forte contexto produtivo que tem como objetivo incorporar os trabalhos artísticos a nossa vida cultural, torná-los públicos, afinal. O que significa ser público em arte? Ponto nada pacífico, ele permeia as ações da época, que buscam uma efetiva presença do trabalho de arte em nosso ambiente cultural, ou seja, sua capacidade de circular com certa desenvoltura pela sociedade de que emergiu. Em uma sociedade moderna tardia, tal processo envolve instâncias responsáveis por repercutir socialmente a arte – mercado, crítica, história da arte, acervos de museus. Se a amplitude desse processo não se restringe a uma década redonda, para fins da necessária e sempre difícil periodização, situamos a seleção de depoimentos no intervalo correspondente à afirmação da indústria cultural entre nós − que coincide com o período de vigência da ditadura militar. De Opinião 65 à Bienal de 1985, seguimos com os depoimentos de Jean Boghici, Antonio Dias, Carlos Vergara; de uma mostra em que novas linguagens visuais conhecem rara repercussão pública à euforia do período de abertura política dos anos 80, quando nossa jovem produção artística ganha inédita visibilidade na mídia, com depoimentos de Ricardo Basbaum, Nuno Ramos, Marcio Doctors e Thomas Cohn. Enquanto nos anos 60 o grupo de artistas da chamada Nova Figuração se esforçava para conquistar publicidade na revista O Cruzeiro, vinte anos depois, seus colegas da chamada Geração 80 “ganhavam” publicidade ao ser absorvidos acriticamente por uma mídia que reduzia sua produção ao “prazer de pintar”. Vale ressaltar que a visibilidade desses distintos artistas não deve ser confundida com uma efetiva inscrição na realidade cultural do país. A realização dos 36 depoimentos de artistas, críticos e galeristas acompanhou nossas trajetórias de formação acadêmica a partir da descoberta da revista Malasartes, quando ainda éramos alunas do Programa de Pós-graduação da PUC-Rio. A ideia de 
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