No lugar do outro
Estamos vivendo uma crise intensa: a das relações humanas. Todos os dias testemunhamos ou protagonizamos, tanto na vida presencial quanto na virtual, comportamentos e atitudes que vão do ódio declarado ou sutil ao desdém em relação ao outro. As relações humanas, sempre tão complexas, exigem, no entanto, delicadeza, atenção e compromisso social. Tem sido difícil manter a saúde mental e a qualidade de vida no contexto atual.
[...]
Há uma grande preocupação global com a nossa atual falta de empatia. Um sinal disso foi a inauguração, em Londres, do primeiro Museu da Empatia.
Nele, os visitantes são convocados a experimentar / enxergar o mundo pelo olhar de um outro - não próximo ou conhecido, mas um outro com quem eles não têm qualquer relação. A expressão que deu sentido ao museu é a expressão inglesa "in your shoes" (em seus sapatos), que em língua portuguesa significa "em seu lugar".
Os visitantes se deparam, na entrada, com uma caixa com diferentes pares de sapatos usados. Escolhem um de seu número para calçar e recebem um áudio que conta uma parte da história da pessoa que foi dona daquele par.
Desenvolver a empatia é uma condição absolutamente necessária para ensiná-la aos mais novos. [...]
Um pai me contou, comovido, que conversava com um amigo a respeito da situação de muitos refugiados de países em guerra e que comentou que não adiantava a busca por outro local, já que a crise de empregos era mundial. Seu filho, de sete anos, que estava por perto, perguntou de imediato: "Pai, se tivesse guerra aqui, você preferiria que eu morresse?". Ele mudou de ideia.
Estacionar o carro em vaga de idosos, grávidas e portadores de deficiência é mais do que contravenção: é falta de empatia. Reclamar da lentidão dos velhos é mais do que desrespeito: é falta de empatia. Agredir ostensivamente o outro por suas posições é mais do que dificuldade em lidar com as diferenças: é falta de empatia. Do mesmo modo, reclamar do comportamento dos mais novos é falta de empatia.
A empatia pode provocar uma grande mudança social, diz Roman Krznari, estudioso do tema. Vamos desenvolvê-la para ensiná-la?
A linguagem empregada no texto cumpre a intenção da autora de
A
incluir pessoas iletradas na discussão do tema.
B
alcançar o público adulto de uma maneira geral.
C
sensibilizar pais e mães a criarem filhos mais empáticos.
D
garantir que falantes de língua inglesa entendam o artigo.
E
ser condizente com a profissão de psicóloga que ela exerce.
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Explicação:
B
alcançar o público adulto de uma maneira geral.
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