No fim de cinco anos Lucinda, que era inteligente e habilidosa, deixou a mestra, e tornou à casa de seu senhor para passar logo ao poder de Cândida, trazendo as prendas que presunçosa ostentava, e dissimuladamente escondidos os conhecimentos e o noviciado dos vícios e das perversões da escravidão: suas 5 - irmãs, as escravas com quem convivera, algumas das quais muito mais velhas que ela, tinham-lhe dado as lições de sua corrupção, de seus costumes licenciosos, e a inoculação da imoralidade, que a fizera indigna de se aproximar de uma senhora honesta, quanto mais de uma inocente menina. A crioula, mucama de Cândida, era pois já então uma rapariga muito pervertida 10 - e muito desejosa de se perverter ainda mais; sabia tudo quanto era preciso que ignorasse para não ser nociva à sua senhora. Assim pois na casa de Florêncio da Silva estava posto o charco em comunicação com a fonte límpida. MACEDO, Joaquim Manuel de. As vítimas algozes: quadros da escravidão. 4. ed. São Paulo: Zouk, 2005. p. 131-132. Com base na análise desse fragmento, contextualizado na obra, é verdadeiro o que se afirma nas seguintes proposições (01) “presunçosa” (l. 3) e “dissimuladamente” (l. 3) expressam um traço da personalidade e um modo de agir comuns a Lucinda e a Cândida. (02) A narrativa, de influência romântica, apresenta um final trágico e à personagem Cândida não é concedida a regeneração de sua humanidade, de sua pureza. (04) A transformação por que passa Lucinda contradiz o ponto de vista, reiterado na obra como um todo, de que a escravidão corrompe e vicia o ser escravo. (08) A narrativa interage com as questões políticas e econômicas do Brasil oitocentista ao apresentar a mucama como um bem presenteado a Cândida. (16) O fragmento e a obra põem a nu o preconceito que vê, no branco, honestidade e pureza e, no negro, perversão e crueldade. (32) A escrava pervertida será purificada pelo contato com a pureza da menina Cândida, no transcorrer da narrativa. (64) A influência corruptora da mucama, para o narrador, é oriunda da própria índole natural do escravo negro, bem como da influência do meio.
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Olá.
Conforme o enunciado, compreende-se que as assertivas corretas são 01 + 08 + 16 + 64= 89.
A assertiva 02 está incorreta, porque não apresenta um final trágico para as personagens, assim como Cândida é concedida de sua pureza, e isto pode ser percebido no trecho, em que diz "sabia tudo quanto era preciso que ignorasse para não ser nociva à sua senhora!.
Desta forma, conseguimos entender que ela mudou de postura diante da senhora.
A assertiva 04 também é errada, já que a mudança de Lucinda não é uma contradição para o que apresenta o texto, uma vez que a escravidão não corrompe o escravo, muito menos vicia.
E por fim, a assertiva 32 também está errada, já que Lucinda, não muda por conta do comportamento de Cândida, pelo contrário, ambas possuem as mesmas características.
Espero ter ajudado!
Conforme o enunciado, compreende-se que as assertivas corretas são 01 + 08 + 16 + 64= 89.
A assertiva 02 está incorreta, porque não apresenta um final trágico para as personagens, assim como Cândida é concedida de sua pureza, e isto pode ser percebido no trecho, em que diz "sabia tudo quanto era preciso que ignorasse para não ser nociva à sua senhora!.
Desta forma, conseguimos entender que ela mudou de postura diante da senhora.
A assertiva 04 também é errada, já que a mudança de Lucinda não é uma contradição para o que apresenta o texto, uma vez que a escravidão não corrompe o escravo, muito menos vicia.
E por fim, a assertiva 32 também está errada, já que Lucinda, não muda por conta do comportamento de Cândida, pelo contrário, ambas possuem as mesmas características.
Espero ter ajudado!
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