no filme nucleo da terra oque os cientistas fazem para o nucleo voltar a girar
Soluções para a tarefa
Durante as décadas de 50 e 60, platéias de todo o mundo se aterrorizaram com as catástrofes previstas em filmes de ficção B, como O Dia em que a Terra se Incendiou, Guerra dos Mundos, O Dia em que a Terra Parou e O Fim do Mundo, para citar apenas alguns dos exemplos mais conhecidos (e que resistiram melhor ao tempo). Assim, é curioso que, em 2003, Hollywood tenha produzido um filme que, com exceção dos efeitos visuais mais elaborados, se encaixe tão bem naquele gênero que um dia foi tão popular.
Escrito por John Rogers e Cooper Layne, O Núcleo – Missão ao Centro da Terra tem início quando estranhos fenômenos começam a chamar a atenção dos cientistas, como o comportamento inusitado de vários pássaros em Londres e as inexplicáveis mortes simultâneas de várias pessoas em uma cidade americana. Chamado para analisar o caso, um brilhante geólogo (Eckhart) logo chega à conclusão `inevitável`: por razões desconhecidas, o núcleo da Terra parou de girar, afetando o campo eletromagnético que envolve o planeta. Com isso, a capacidade de nossa atmosfera em `filtrar` os raios de Sol será destruída em cerca de um ano, acarretando na destruição da humanidade, que `fritaria` com o calor (a fim de ilustrar seu raciocínio para os militares, o geólogo coloca fogo em uma maçã, o que não deixa de ser hilário: só assim eles foram capazes de compreender a explicação?). Para resolver o problema, um grupo de cientistas é formado com o objetivo de viajar até o centro da Terra e, utilizando cinco ogivas nucleares, reiniciar o movimento do núcleo.
Como todo filme do gênero, O Núcleo – Missão ao Centro da Terra dedica boa parte de seu tempo de projeção à apresentação de cada um de nossos heróis, que recebem o rosto de atores acima da média: o `cientista maluco` (figura obrigatória no gênero) é vivido pelo sempre simpático Delroy Lindo; o ambíguo e egocêntrico tripulante (outro clichê) é encarnado pelo competente Stanley Tucci; o coadjuvante não-americano (que facilita a divulgação do filme na Europa) é interpretado por Tchéky Karyo; e o competente piloto da missão é o mesmo ator que, há 3 anos, interpretou o ex-Presidente John Kennedy em 13 Dias Que Abalaram o Mundo. Fechando o elenco, vem Hilary Swank, que, apesar de bela e feminina (ao contrário do papel que lhe rendeu o Oscar, Meninos Não Choram), é tão convincente como piloto da NASA quanto Denise Richards foi ao interpretar uma cientista nuclear em 007 – O Mundo Não é o Bastante.