Psicologia, perguntado por Bianca0218, 7 meses atrás

No filme "Mar adentro", lançado em 2004 e dirigido por Alejandro Amenábar, o ator principal sofre um acidente decorrente de um mergulho e fica tetraplégico. Daí em diante ele inicia uma "luta" para convencer as pessoas ao seu redor de facilitarem sua morte. Assim, questionamos nesse caso em particular, qual seria a atitude ética? Ou seja, há nesse caso um direito ou um dever à vida? Elabore uma resposta discutindo sobre se o personagem, ao querer ele próprio retirar sua vida, estaria agindo eticamente.
Para resolver este desafio você deverá tocar nos seguintes pontos:
1- Qual o conflito ético existente?
2- Quais as consequências de uma ou de outra decisão?
3- A vida é um bem supremo ou um fardo, nesse caso?

Soluções para a tarefa

Respondido por seposoares
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Resposta:

Explicação:

Padrão de resposta esperado

O conflito existente seria o da possibilidade de um ser humano dispor livremente de sua vida. Nesse sentido, é preciso argumentar quais seriam os limites dessa atuação. Quais as consequências que poderiam nascer de uma atitude em que uma pessoa dispõe de sua vida? A sociedade teria condições de aceitação para essas questões? Quem auxilia a pessoa "permitindo-a" morrer age com ética ou não?

Não há, de fato, respostas acabadas para essas questões. A vida, vista sob o prisma religioso tampouco pertenceria ao homem. Mas aqui não podemos nos pautar nessa dimensão, uma vez que existem pessoas que não possuem crença alguma. Assim, analisando a posição da pessoa que, tetraplégica, quer tirar sua vida, podemos pensar que seria ela ingrata com a vida que lhe foi concedida? Mas, uma vez que a vida nos foi dada, não devemos, nós, ser por ela responsáveis? Temos o direito ou o dever à vida?

A partir dos dilemas levantados podemos então supor algumas questões, mas nunca findá-las. Se pensarmos que o ser humano habita com os outros o mundo, seria vil tirar a própria vida. De outro lado, se a vida é individual, seria lícito entregar nas mãos de cada um essa possibilidade. Seria injusto, por esse prisma, obrigar o tetraplégico a carregar o fardo de sua vida. Mas e se houver mesmo um deus?

A ética serve, então, para que essas questões nos façam refletir e reconhecer que os valores que sustentam o homem, em verdade, são seus próprios alicerces. Não é eticamente correto obrigar alguém a uma vida que não quer. Mas essa pessoa, fragilizada, não poderia em verdade ser levada a criar novas dimensões para o seu corpo? Podemos dar dois exemplos para essa reflexão: Stephen King e Marcelo Yuka.

Consideramos que seria ético deixar a pessoa decidir. No entanto, essa solução não encerra o debate, apenas seria a saída que imaginamos causar menor aflição e dar um pouco de autonomia e dignidade de escolha para essa pessoa.

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