No cenário internacional da Guerra Fria, o embate entre os Estados Unidos e a União Soviética deixou o mundo sob constante tensão, a partir da ameaça de uma guerra nuclear, pois ambos os países eram detentores dessa tecnologia bélica. O conflito indireto também revelava a disputa entre duas visões de mundo, a dos Estados Unidos, baseada no liberalismo, e a da União Soviética, inspirada pelo marxismo. De acordo com a última, a história é a história da luta de classes. Portanto, alguns historiadores consideraram que a partir da derrocada da União Soviética, a história havia sido alterada de maneira irreversível, pois, para eles, o socialismo teria fracassado e o sistema capitalista teria se demonstrado como o vitorioso definitivo. Considerando o quadro internacional, que remete ao término da luta entre as visões de Estados Unidos e União Soviética sobre os rumos da política e da economia mundiais, qual tese historiográfica entrou na moda no início dos anos 1990?
RESPOSTA: D. A tese do fim da história.
Soluções para a tarefa
Resposta:
D. A tese do fim da história.
Explicação:
No início dos anos 1990, com o fim da União Soviética e da Guerra Fria, o autor Francis Fukuyama publicou um texto em que afirmava que esse evento marcava o fim da história. Isto é, para Fukuyama, a luta entre socialismo e capitalismo, que marcou o século XX, terminou com a vitória do bloco capitalista, que assim encerrava a história e se configurava como o único sistema possível, sem rivais à altura que pudessem ameaçar a sua hegemonia. A tese fez sucesso na época, mas logo passou a ser desacreditada, pois conflitos continuaram existindo em todo o mundo, muitos deles anticapitalistas e anti-Estados Unidos. Portanto, não se trata nem do fim nem do começo da história, mas apenas de mais uma de suas etapas. O socialismo em um só país, utilizado pelos soviéticos, foi responsável pelo fortalecimento do regime, que se configurou durante o governo Reagan, nos Estados Unidos, como um inimigo qualificado de império do mal. A ideia de um destino manifesto, ou seja, de que os Estados Unidos são um país “escolhido” certamente colaborou em sua luta contra o comunismo, porém, ao contrário do que pregava Fukuyama, os Estados Unidos ainda precisam lutar contra outras visões de mundo, não raro opostas às suas.