No Brasil existem muitas lendas indígenas. Cite duas lendas indígenas explicando seu surgimento e significado.
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Resposta:
Caipora
Uma das lendas indígenas mais conhecidas é a da Caipora. O ser é descrito como um índio de pele escura e que se move muito rápido. Seu corpo é coberto de pelos e aparece, geralmente, sem roupas.
Derivado da mitologia tupi-guarani, a palavra Caipora vem do tupi "caapora" , ou seja, habitante do mato. Em algumas regiões o ser é considerado primo do Curupira.
Diz a lenda que a Caipora é o rei dos animais da floresta e que faz acordos com caçadores sobre suas caças. Aqueles que não respeitam esse acordo é morto pela Caipora.
Ele se move em cima de um porco do mato e carrega consigo uma vara. Acredita-se ainda que a Caipora não gosta de claridade, por isso, para se proteger, os índios andavam com fogo a noite.
Algumas versões das lendas indígenas sobre a Caipora dizem que ela aparece na maioria das vezes nas sextas-feiras, domingos e feriados, dias em que não se deve sair para a caça. Algumas vezes, pode ser descrito como um ser carnívoro, que devora os caçadores.
Em algumas culturas, acredita-se que a Caipora gosta de fumo. Por isso, caçadores deixam um pouco do fumo nas árvores antes de entrar na mata para caçar. Em algumas regiões a palavra Caipora está associada a má sorte.
Boto cor-de-rosa
A lenda do Boto cor-de-rosa fala sobre um homem que é, na verdade, um boto. O animal tem o poder de se transformar em um jovem nas festas juninas.
Ele se apresenta com roupas brancas e chapéu. Diz a lenda que o Boto vai até as festas e seduz as jovens solteiras, as convencem de ir a um passeio, onde as leva para o fundo do rio e as engravida.
Pela manhã o Boto volta à forma do animal marinho. Até hoje se usa a expressão "filho de boto” para descrever mulheres com filhos de pai desconhecido.
Vitória-régia
Outra das lendas indígenas mais conhecidas é a que conta a história da vitória-régia. Essa lenda fala sobre a origem da planta de mesmo nome, que é símbolo da Amazônia.
A lenda conta a história da persistente índia Naiá. Na tribo onde a jovem vivia, acreditava-se que Jaci, a deusa lua, transformava algumas das mais belas jovens virgens da aldeia em estrelas.
O sonho de Naiá era, finalmente, encontrar a deusa e ser transformada em estrela e, por isso, saia todas as noites em busca da deusa. A jovem desejava tanto o encontro que já nem se alimentava.
Certa noite, cansada de andar, Naiá resolveu descansar na beira de um rio, onde viu o reflexo da lua. Sedenta por seu desejo, atirou-se no rio e acabou se afogando. Jaci, a deusa lua, ficou sentida pela morte da jovem e deu a ela uma honra.
Naiá foi transformada em uma estrela diferente de todas as outras, e recebeu o nome de estrela das águas. A vitória-régia possui uma planta perfumada que só desabrocha à noite e, à luz do sol, fica com tom rosa.