NO ANO DE 1812, em Ouro Preto, Florêncio José Ferreira Coutinho, MESTRE DE MÚSICA e TIMBALEIRO, TROMPETISTA, TROMPISTA do Regimento de Cavalaria de Linha, junto com alguns trombetas e soldados músicos pediam ao seu comandante autorização para assinar um pedido para a CRIAÇÃO DA IRMANDADE DE SANTA CECÍLIA (LANGE, 1983, p. 253). No inventário das obras do arquivo musical de Florêncio, feito em 1821, constava entre as "Grades p.r Florencio J.e Ferr.ª"- possivelmente composições de sua autoria - duas entradas de marchas: uma indicada apenas como Marcha, outra como 35 Marchas Militares. Essas marchas não deveriam ser muito diferentes da que hoje está preservada no MUSEU DA INCONFIDÊNCIA, até o momento, a mais antiga obra brasileira de música para banda que se conhece. Mary Angela Biason publicou uma transcrição da obra, situando-a no final do século XVIII. A autoria foi atribuída a FRANCISCO GOMES DA ROCHA, pois, além dele ter sido músico militar, a caligrafia no manuscrito seria sua. A instrumentação da Marcha utiliza 2 flautas, 2 trompas e baixo instrumental, possivelmente executado por um fagote, o que a caracterizaria o conjunto como banda de harmonia. A obra está editada no volume II desta dissertação.
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