No aniversário do primeiro decênio da Marcha sobre Roma, em outubro de 1932, Mussolini irá inaugurar sua Via dell Impero; a nova Via Sacra do Fascismo, ornada com estátuas de César, Augusto, Trajano, servirá ao culto do antigo e à glória do Império Romano e de espaço comemorativo do ufanismo italiano. Às sombras do passado recriado ergue-se a nova Roma, que pode vangloriar-se e celebrar seus imperadores e homens fortes; seus grandes poetas e apólogos como Horácio e Virgílio.
SILVA, G. História antiga e usos do passado um estudo de apropriações da Antiguidade sob o regime de Vichy. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
A retomada da Antiguidade clássica pela perspectiva do patrimônio cultural foi realizada com o objetivo de
a) afirmar o ideário cristão para reconquistar a grandeza perdida.
b) utilizar os vestígios restaurados para justificar o regime político.
c) difundir os saberes ancestrais para moralizar os costumes sociais.
d) refazer o urbanismo clássico para favorecer a participação política.
e) recompor a organização republicana para fortalecer a administração estatal.
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Resposta:
b) utilizar os vestígios restaurados para justificar o regime político.
Explicação:
Mussolini utiliza o passado do Império Romano para mostrar a continuidade entre os dois regimes e assim, empregava vários símbolos desta época a fim de reforçar esta ligação. Desta maneira, ele reforçava a ideia de um passado expansionista para justificar as conquistas na África, por exemplo.
As demais opções não são corretas, pois o regime de Mussolini não tinha intenção de "afirmar o ideário cristão para reconquistar a grandeza perdida" e também não utilizou a Antiguidade para "favorecer a participação política".
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