Nível 1: Narrativo Visitantes de museus são contadores de histórias usando suas observações concretas, seus sentidos e suas associações pessoais para criar uma narrativa. As suas avaliações sobre a obra de arte se baseiam no que eles gostam e no que eles podem saber sobre arte. À medida que os visitantes parecem mergulhar na obra de arte, seus comentários são entremeados por termos emocionais, tornando-se parte do desenrolar de um drama. Nível 2: Construtivo Os indivíduos criam uma estrutura para observar as obras de arte, usando as suas próprias percepções, o conhecimento do mundo natural, os valores morais, sociais e as visões convencionais do mundo. Se a obra não parece ser do jeito como deveria (por exemplo, uma árvore alaranjada em vez de marrom), o indivíduo julga a obra como estranha ou sem valor. A habilidade, a técnica, o trabalho árduo, a utilidade e a função não são evidentes. As respostas emocionais desaparecem à medida que os indivíduos se distanciam da obra de arte e focam apenas nas intenções do artista. Nível 3: Classificatório Os indivíduos descrevem a obra usando uma terminologia analítica e crítica similar à dos historiadores. Classificam a obra de acordo com o lugar, a escola, o estilo, o tempo e a proveniência, decodificam a superfície da tela em busca de indícios, usando o seu cabedal de fatos e figuras. Uma vez separado em categorias, o indivíduo explica e racionaliza o significado e a mensagem da obra. Nível 4: Interpretativo Os indivíduos buscam criar algum tipo de relação pessoal com a obra de arte. Eles exploram a tela, permitindo que interpretações da obra lentamente se revelem e apontam sutilezas de linha, forma e cor. Sentimentos e intuições precedem a percepção crítica à medida que os indivíduos permitem que símbolos e significados da obra se manifestem. Cada novo encontro com uma obra de arte evoca novas comparações, percepções e experiências. Eles aceitam a ideia de que o valor e a identidade da obra estão sujeitos à reinterpretação e veem uma possível interpretação passível de mudança. Nível 5: Recreativo Os indivíduos, depois de terem estabelecido uma longa história de observação e reflexão sobre obras de arte, estão, agora, prontos para suspender a incredulidade. Uma pintura familiar é como um velho amigo, imediatamente conhecida, mas ainda cheia de surpresas, que necessita de atenção diária e plena. Em todas as amizades significativas, o tempo é um elemento-chave. Conhecer a ecologia da obra, em particular, e com a observação, em geral, possibilita combinar uma contemplação pessoal com uma que abarca preocupações universais. Aqui, a memória mistura a paisagem da pintura, combinando visões pessoais e universais. (Fonte: IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores. Porto Alegre: ArtMed, 2003. p. 89-95). A partir da leitura dos conceitos apresentados acima, faça uma análise crítica sobre esses níveis de desenvolvimento estético em sua aplicação real na educação fundamental da rede pública de ensino nacional. Escreva, no máximo, dez linhas.
Soluções para a tarefa
Os níveis de desenvolvimento estático são cinco e se dedicam a estudar odesenvolvimento da compreenção estética.
Em sua aplicação real na educação fundamental os nivéis seriam ferramentas para conhecer a obra e, por tanto, desenvolver os aspectos importantes de uma arte.
Essa possibilidade cresce quando existe a leitura da obra de arte tendo em vistas aspectos como contexto e criação por meio de uma releitura. Ou seja, de uma segunda leitura da obra sob determinadas possibilidades.
Espero ter ajudado.
Resposta:PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Os cinco níveis de desenvolvimento estético são coerentes e seguem uma ordem lógica para o desenvolvimento do observador sobre o objeto. Contudo, uma coisa que fica clara nesses níveis, sobretudo o quinto nível, é que o processo de revisitação e/ou reapresentação da mesma obra deve ser repetido diversas vezes. Isso, diante de nossa realidade, é um problema geral. A falta de recursos para visitações periódicas a museus, parques e exposições tem sido um desafio para muitas escolas da rede pública de ensino. Logo, campanhas e parcerias de fomento à popularização da arte devem ser estimuladas pelo governo municipal, estadual e federal. Além disso, há o problema da formação limitada do professor, que deve estar sempre em curso de atualização. Os níveis, da forma que aparecem, parecem ter êxito se for uma ação articulada, caso contrário, a formação esperada sobre a criança será fragmentada e, infelizmente, insuficiente para desenvolver um sentido sobre a arte observada em sua plenitude.
Explicação: