Neste período, o poder e a influência da Igreja católica permearam tanto a vida política e econômica, quanto a vida intelectual. A produção do conhecimento tinha seu centro e elite no seio das hierarquias estabelecidas pela Igreja. Sendo assim, era mantido um severo controle sobre os produtores do saber, havendo, para eles, a obrigação de darem um determinado sentido a seus trabalhos: o conhecimento humano deveria estar voltado para fundamentar, legitimar e difundir as verdades contidas nas Sagradas Escrituras e, portanto, para glorificar o reino de Deus. O conhecimento que não tivesse exatamente essa finalidade era considerado herege.
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Como todos sabem, a igreja católica dominava o cenário religioso em vários aspectos, tanto sobre o estado, tanto quanto exercito.
Como resultado da conquista do poder em declínio do Império Romano, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano a partir do reinado de Teodósio com a publicação do Édito de Tessalônica (391). Esse poder se expandiu e se consolidou durante a migração bárbara, quando a igreja conseguiu aliar-se a muitas tribos bárbaras e convertê-las ao cristianismo. O crescente prestígio do clero também foi favorecido pelas doações de terras, sejam de conquistas de novos reis ou de novos seguidores cristãos. Aos poucos, a igreja se tornou a maior proprietária de terras (feudo) da época, reunindo a maior potência do sistema feudal. O papado surgiu quando Leão I, com a ajuda do imperador romano Valentiniano, estabeleceu seu domínio sobre o resto da igreja (455). O crescimento do poder na Igreja Católica medieval pode ser visto nos papas de Gregório Magno (590-604).