Biologia, perguntado por Ana14349, 1 ano atrás

Nesta seção, foram mencionados dois biomas brasileiros: a Catinga e a Amazônia, no entanto, esses ambientes eram muito diferentes. Quais foram as mudanças que ocorreram nas áreas em que hoje estão a caatinga e a Amazônia? (Ciências)

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Respondido por sanikellysilvaa123
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A tendência é que esses espaços eventualmente atinjam um ponto crítico, no qual os biomas se tornarão permanentemente instáveis e responderão de forma mais grave às perturbações extremas. Os dados obtidos pelo índice fornecem uma nova forma de quantificar a resposta dos ecossistemas às mudanças naturais e causadas pelo homem, podendo ser uma importante ferramenta para a proteção dessas áreas ameaçadas.

A Floresta Amazônica e a caatinga estão entre os ecossistemas mais vulneráveis às mudanças climáticas e podem sofrer mais do que a maioria das regiões do globo com a variação da temperatura e das chuvas causada pelo aquecimento global. A descoberta faz parte de um estudo publicado ontem na revista Nature que descreve um novo método de avaliar a sensibilidade de diferentes áreas do mundo às alterações do clima. Entre os biomas mais ameaçados, também estão a tundra, típica das regiões geladas do ártico; porções da Floresta Boreal, que cobre parte do Canadá e do Alasca; o leste da Austrália; e as matas temperadas encontradas em regiões alpinas.

O grupo de pesquisadores baseou a avaliação em imagens obtidas pelo satélite MODIS, da agência espacial norte-americana, a Nasa, entre 2000 e 2013. “É difícil obter medições de uma forma consistente, particularmente em locais remotos”, comenta Alistair Seddon, principal autor da pesquisa e estudante de pós-doutorado da Universidade de Bergen, na Noruega. “Os dados de satélite revolucionaram a pesquisa em ecologia, porque eles fornecem um quadro global tanto do clima quanto das condições do ecossistema. Agora, temos informações suficientes para revelar como os ecossistemas têm respondido ao longo desse período”, ressalta Seddon.

Com base nos dados de alta resolução, os cientistas foram capazes de acompanhar as variações da produção vegetal e relacionar as mudanças com a alteração de outros fatores, como a temperatura do ar, a disponibilidade de água e o grau de cobertura de nuvens. As informações foram combinadas para a criação de um índice de sensibilidade de vegetação (VSI, na sigla em inglês), que descreve com precisão inédita a vulnerabilidade de cada região às mudanças climáticas.

Reações distintas O índice revelou que diferentes biomas respondem às mudanças climáticas de formas distintas. As matas temperadas, por exemplo, são mais sensíveis às variações de disponibilidade de água do que as outras, enquanto regiões alpinas demonstram uma forte sensibilidade à temperatura. Já a tundra é bastante afetada pelas mudanças de calor e de cobertura de nuvens. A Amazônia, por sua vez, é muito suscetível à variação de luz e de nuvens, e a vegetação tropical africana sofre quando há limitação de água – um fator que passou desapercebido por estudos anteriores.

“Não sabemos se essas são características permanentes desses sistemas ou se podem mudar com o tempo. Conforme mais dados forem registrados, nós poderemos examinar tendências no índice e ver como elas mudam com o tempo”, ressalta Seddon. “Precisamos avaliar se (a sensibilidade) é relacionada com o tipo de vegetação, como certos tipos de taxas de crescimento, ou se é o resultado de distúrbios antigos e da história do uso da terra. Essa é a próxima questão que queremos responder”, aponta o pesquisador.



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