Nesse tempo revoltaram-se os Jacques em Beauvoisin.
Entre eles estava um homem muito sabedor e bem falante, de
bela figura e forma. Este tinha por nome Guilherme Carlos.
Os Jacques fizeram-no seu chefe. Mas ele viu bem que eram
gente miúda, pelo que se recusou a governá-los. Mas de
fato os Jacques tomaram-no e fizeram dele seu chefe, como
um homem que era hospitaleiro, que tinha visto guerras.
Também as tinha visto Guilherme Carlos, que lhes dizia que
se mantivessem unidos. E quando os Jacques se viram em
grande número, perseguiram os homens nobres, mataram
vários e ainda fizeram pior. Na realidade, mataram muitas
mulheres e crianças nobres, pelo que Guilherme Carlos lhes
disse muitas vezes que se excediam demasiadamente; mas
nem por isso deixaram de o fazer.
PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: textos e
testemunhas. São Paulo: UNESP, 2000. p. 203. [Fragmento adaptado]
As ações do movimento medieval citado no texto
representaram a
A. insatisfação popular com os cercamentos.
B. reação do campesinato à exploração feudal.
C. aniquilação das estruturas sociais medievais.
D. supressão dos privilégios dos senhores feudais.
E. ascensão popular em uma sociedade estamental.
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É correta a alternativa B, tendo sido esta uma das muitas revoltas que marcaram o período feudal na Europa, representando a insatisfação das classes menos privilegiadas (os "Jacques", ou seja, as pessoas comuns, pobres) contra as classes favorecidas.
A violência destas revoltas, descritas no texto com o assassinato de mulheres e crianças, marcavam uma espécie de temor generalizado dos nobres para com os camponeses, e acabaram servindo para estabelecer uma espécie de sociedade de controle mais forte por parte dos nobres contra os camponeses.
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