História, perguntado por jheny1210, 5 meses atrás

Nesse sentido, com base na leitura da Ciropédia de Xenofonte, o seu desafio consiste em elaborar dois textos de apoio para os alunos a partir da resolução das duas questões a seguir:

a) Apresentar o povo escolhido para o trabalho, com sua localização geográfica e contexto geral.
b) Qual é a proposta de educação entre os persas segundo Xenofonte?

Soluções para a tarefa

Respondido por beaveli
8

Resposta:

a) Deve-se mostrar onde se situa a Pérsia. Realizar a apresentação de um mapa antigo para georreferenciar os alunos, assim como a Pérsia inicial e o império em seus limites máximos. Apresentar uma visão geral e um resumo da história dos persas, além do uso de mapas para apresentar os persas aquemênidas, império que começa com Ciro, o Grande, em 539 a.C., e vai até 330 a.C., quando os persas são vencidos por Alexandre, o Grande, da Macedônia. Apresentar Xenofonte, historiador, filósofo, discípulo de Sócrates e general grego nascido em Atenas, que viveu entre 430 e 355 a.C. e escreveu diversas obras, entre as quais Anábase e Ciropédia; nesta última, o autor retrata a forma de viver dos persas e como se dava a educação entre os persas de sua época.

b) Segundo as informações de Xenofonte, na Pérsia, a educação é pública e obrigatória. Dá-se numa praça chamada Eleutéria, que se divide em quatro repartições: crianças, púberes, homens feitos e os que não têm mais idade para o serviço militar (velhos/idosos). As crianças e os homens feitos comparecem às suas classes diariamente ao amanhecer; os idosos, somente em dias marcados ou quando desejam; os púberes celibatários pernoitam armados em roda dos tribunais; os casados somente são obrigados a comparecer se avisados. Cada classe tem doze chefes. Os chefes mais capazes das classes dos anciãos governam as crianças, para lhes dar educação fecunda; os púberes são dirigidos por superiores dos homens feitos. Os chefes dos homens feitos são da mesma classe e dos idosos. Os meninos até dezesseis ou dezessete anos aprendem sobre justiça, e os crimes são castigados com severidade, assim como as acusações infundadas. Aprendem a gratidão, pois a ingratidão é considerada ato de desprezo para com os deuses, os pais, a pátria e os amigos. Aprendem sobriedade pelo exemplo dos mais velhos, a obedecer aos superiores, a não ser escravos de suas necessidades estomacais. Comem à mesa com seus mestres na hora por eles determinada, trazendo de casa a comida. Aprendem a manejar o arco e a seta. Pelo espaço de dez anos depois da primeira classe, já guardas púberes, alguns pernoitam nos tribunais para guardar a cidade e exercitar a temperança. Vão à caça com o rei, munidos de duas lanças (uma para arremessar e outra para ferir de perto), espada na bainha ou machado, escudo, arco, aljava, sendo a caça entendida como uma espécie de simulacro de guerra. O rei vai à caça e os obriga a caçar. Criam-se hábitos como levantar-se pela madrugada, aguentar o frio e as calmas e fazer exercícios que predispõem a grandes marchas. A alimentação (jantar) também pode ser adiada se preciso. Na caça, se não apanham animal algum, não têm mais do que mastruço (erva) e água, ficando sem o pão. Os que permanecem na cidade fazem rondas, perseguem ladrões e exercitam-se com arcos e setas, disputando entre si ou praticando exercícios públicos com direito a prêmio. As tribos de mancebos bem disciplinados recebiam elogios dos cidadãos, que honram seus chefes. Após dez anos, entram na classe dos homens feitos, onde permanecem por vinte e cinco anos, período em que se tornam magistrados, prestam serviços públicos e vão para a guerra, fase em que usam armas curtas e escudo na mão esquerda, e não mais lanças e arco. Após esse período, passam à classe dos velhos.​​​

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