Nas décadas de 1950 e 1960, surgiu um novo debate entre latino-americanos e norte-americanos, acercado desenvolvimento/subdesenvolvimento dos países periféricos. O governo e os intelectuais norte-americanos, que consideravam a América Latina campo de preferência, passaram a pregar, como soluçãopara o subdesenvolvimento econômico latino-americano, a adoção do tradicional modelo neoclássico,qual seja: abrir as fronteiras econômicas, permitir o invesfimento estrangeiro e concentrar-se ematividades para as quais esses países têm vantagem comparativa. Os intelectuais da América Latina forammuito resistentes a essa pregação. A primeira reação importante foi a de criar uma nova instituiçãointernacional, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), presidida por Raúl Prebisch,com o objetivo de desenvolver estudos sobre as economias dos países latino-americanos, cuja própriacriação foi contestada energicamente pelo governo norte-americano.Acerca da visão estruturalista da Cepal nas décadas de 1950 e 1960, avalie as afirmações a seguir.I. O pensamento estruturalista da Cepal girava em torno do fato das economias dos países latino-americanos serem dependentes de uma pauta de exportação amplamente baseada em produtosagrícolas e, por isso, estarem fadadas a uma posição periférica nas relações econômicasinternacionais.II. A Cepal reiterava a ideia de que o desenvolvimento dos países latino-americanos estava associadoao estabelecimento de uma economia aberta, livre de interferência política, para geração de grandesquantidades de investimento.III. A Cepal defendia mais parficipação do Estado no processo de industrialização das economias, emespecial pela adoção da política de subsfituição de importações, considerada pelo governo norte-americano um subproduto derivado do marxismo soviético.IV. Os intelectuais da Cepal defendiam que não bastava importar a teoria econômica gestada nas naçõesdesenvolvidas e argumentavam ser necessário um esforço autônomo dos países lafino-americanos,que levasse em consideração as características e as especificidades regionais.
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A alternativa correta é a D – I, III e IV apenas.
A denominação “América Latina” refere-se à maioria dos países da América, exceto Estados Unidos e Canadá. O México, apesar de também situar-se na porção norte do continente, não está incluído.
Os países da América Latina normalmente são analisados em relativa uniformidade pelos contextos sociais, econômicos e políticos parecidos, bem como pelo passado histórico de colonização europeia. Uma análise de dados deve levar em consideração as especificidades dos processos passados por estes países.
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