Não teamo
Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n'alma — tenho a calma,
A calma — do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida — nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau feitiço azado
Este indigno furor.
Mas, oh! Não te amo, não.
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.
1. Que oposição é estabelecida no primeiro verso pelo eu lírico?
Pelo tema do poema, é possível fazer uma imagem do inte
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A oposição é dada pelo "não te amo" e "quero-te", uma vez que o não amar pressupõe o não querer, assim como o comportamento esperado daquele que ama é querer o objeto de seu amor.
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