Português, perguntado por Usuário anônimo, 6 meses atrás


Não sei bem dizer como aprendi a ler. A circulação entre

os livros era livre (tinha que ser, pensando bem, porque

eles estavam pela casa toda, inclusive na cozinha e no

banheiro), de maneira que eu convivia com eles todas as

horas do dia, a ponto de passar tempos enormes com um

deles aberto no colo, fingindo que estava lendo e, na

verdade, se não me trai a vã memória, de certa forma

lendo, porque quando havia figuras, eu inventava as

histórias que elas ilustravam e, ao olhar para as letras,

tinha a sensação de que entendia nelas o que inventara.

Segundo a crônica familiar, meu pai interpretava aquilo

como uma grande sede de saber cruelmente insatisfeita e

queria que eu aprendesse a ler já aos quatro anos, sendo

demovido a muito custo, por uma pedagoga amiga nossa.

Mas, depois que completei seis anos, ele não aguentou,

fez um discurso dizendo que eu já conhecia todas as letras

e agora era só uma questão de juntá-las e, além de tudo,

ele não suportava mais ter um filho analfabeto. Em

seguida, mandou que eu vestisse uma roupa de sair, foi

comigo a uma livraria, comprou uma cartilha, uma tabuada

e um caderno e me levou à casa de D. Gilete.



No texto 2, temos a presença de mais fatos históricos ou mais

relatos de opinião, de vivências?​

Soluções para a tarefa

Respondido por cheilakelle
3

Resposta:

temos mais relatos de opinião de vivência. pq o autor fala sobre o q ele viveu.

Explicação:

Bons estudos.

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