Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira.
Ferreira Gullar
10 (EFO67LP27)Que tipo de linguagem o autor imita com o tom eloquente do poema? *
A-( ) A linguagem dos operários.
B-( ) A linguagem dos funcionários públicos.
C-( ) A linguagem dos discursos de protestos políticos.
D-( ) A linguagem dos políticos que estavam no governo.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
2. (SILVA & SOARES, 2020) Observe a charge. O motivo que leva o policial a interrogar o mamífero surge a partir A. de uma investigação minuciosa, coleta de provas e depoimento de testemunhas B. da experiência profissional do policial, que “concluiu” ser a baleia a autora do crime C. do senso comum, que atribuía à Orca o nome popular de “baleia assassina” D. de estudos científicos que apontam a baleia como responsável por todo e qualquer crime na praia. E. de denúncias feitas através do disque denúncia da polícia civil do município.
Antecipada Ñ precisa agradecer por ter falado q achava
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