NÃO HÁ VAGAS
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
A luz o telefone
[...]
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas ofcinas escuras
— porque o poema, senhores, está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço.
O poema, senhores, não fede nem cheira.
1. O eu lírico faz uma lista elementos que não cabem no poema. Quais são eles?
a) Que aspecto da vida das pessoas comuns o eu lírico destaca com essa lista?
b) A expressão “nao cabe no poema” pode ser interpretada de duas formas. Quais são elas?
c) Essa expressão é repetida diversas vezes. Qual efeito dessa repetição?
d) Mesmo aquilo que “nao cabe no poema” acaba aparecendo nos versos. Explique como isto é feito.
Soluções para a tarefa
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1- feijao, arroz, funcionario publico, o operario,
a) o aspecto da injustica do trabalhador simples
b) de nao haver espaco para colocar ( o outro nao sei)
a) o aspecto da injustica do trabalhador simples
b) de nao haver espaco para colocar ( o outro nao sei)
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