Artes, perguntado por Usuário anônimo, 7 meses atrás

Não coube a letra d, mas é
À prática de percussão corporal enquanto qualidade de vida, proposto e idealizado pelo grupo paulistano “Barbatuques”.​

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por cpljmartins
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Resposta:

Letra a.

Explicação:

O Barbatuques surgiu de uma maneira espontânea, natural, a partir do momento em que seu criador resolveu levar a sério as brincadeiras que fazia desde a infância, produzindo sons com palmas, batidas no peito, estalos com os dedos, com a boca, fazendo músicas dessa forma.

— Ainda moleque, fora meu interesse por música instrumental tocando instrumentos de cordas, tinha um gosto forte por batucar, sendo o som gerado no meu próprio corpo o que eu mais gostava, até por estar conosco todo o tempo, diferente dos objetos: tomando banho podemos batucar e assim por diante. E isso começou a virar uma mania e contagiar meus amigos. Mais tarde entrei para a faculdade de música na Unicamp, e conforme fui me desenvolvendo, também fui me aprimorando nos batuques — conta Barba.

— Não estudei percussão corporal na universidade, mas o ambiente favoreceu para o desenvolvimento nessa área, e quando voltei de Campinas para São Paulo, já formado, abri uma escola de música com amigos, e tive a oportunidade de fazer uma oficina de percussão corporal, apresentando o que já tinha reunido. Isso foi atraindo gente, até o momento que resolvemos nos reunir para fazer um repertório e nos apresentar, nascendo assim o grupo — explica.

— Mas esses batuques que fazemos não são invenções nossas, eles sempre existiram, fazem parte do cotidiano do povo, que batuca na caixa de fósforos no bar, ou na mesa do escritório, e está presente em várias culturas. O que fazemos é pesquisar e aprimorar manifestações populares, batuques de toda parte do mundo, e ritmos como o xaxado, o coco, a catira, referências de músicas tribais, tradicionais e contemporâneas — continua.

O nome Barbatuques veio do seu próprio apelido 'Barba'. Na verdade seu sobrenome é Barbosa e quando uma das pessoas do grupo brincou com as palavras 'batuque' e 'barba', todos gostaram. Fernando faz a direção musical do grupo, mas deixa claro que se trata de um trabalho coletivo.

— A coletividade é um dos componentes principais para nós, que temos que tocar ouvindo o que o outro está tocando e buscando com ele uma perfeição. Desta forma o tocar em grupo passa a ser uma referência mais importante que o individualismo, e a pessoa vai comprando a idéia dos companheiros e juntando as suas, e assim vice-versa, recebendo algo de todos, e dando algo para todos, porque se um falhar ficará uma lacuna, à medida que todos são importantes para a construção do espetáculo — fala.

— Creio que faz bem ao homem conhecer melhor a si próprio, física e mentalmente, e a partir daí enxergar os outros, descobrindo como é o som da sua palma, seu timbre de voz, suas características e os seus desejos e imaginário, valorizando sempre as diferenças, não buscando uma unidade padronizada em que todos sejam iguais, mas buscando se conhecer como indivíduo para formar com muitos outros o sentido de sociedade onde todos buscam o bem coletivo, assim é no palco e também deve ser na vida — conta.

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