História, perguntado por agustinaespinol9843, 1 ano atrás

Na Belle Époque brasileira, que difusamente coincidiu com o transição para o regime republicano, surgiram aquelas perguntas cruciais, envoltas no oxigênio mental da época, muitas das quais, contudo, nos incomodam até hoje: como construir uma nação se não tínhamos uma população definida ou um tipo definido? Frente àquele amálgama de passado e futuro, alimentado e realimen - tado pela República, quem era o brasileiro? (...) Inúmeras tentativas de respostas a todas estas questões mobilizaram os intelectuais brasileiros durante várias décadas.
(Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São Paulo Companhia das Letras. 2002).

Entre as tentativas de responder, durante a Belle Époque brasileira, às dúvidas mencionadas no texto, é correto incluir

a) as explicações positivistas e evolucionistas sobre o impacto da mistura de raças na formação do caráter nacional brasileiro.
b) os projetos de valorização dos vínculos entre o caráter nacional brasileiro e os produtos da indústria cultural norte-americana.
c) o reconhecimento e a celebração da origem africana da maioria dos brasileiros e a rejeição das tradições europeias.
d) a percepção de que o país estava plenamente inserido na modernidade e havia assumido a condição de potência mundial.
e) o desejo de retornar ao período anterior à chegada dos europeus e de recuperar padrões culturais e cotidianos indígenas.

Soluções para a tarefa

Respondido por sabrinasilveira78
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No final do século XIX e início do século XX, os intelectuais em geral e sociedade científica receberam grande influência, no Ocidente, de teorias pseudocientíficas ou simplesmente cientificistas cujas ideias defendiam conceitos elitistas e racistas sobre a espécie e a sociedade humana.

Entre as primeiras correntes, destacou-se o "Darwinismo Social", que defendia a suposta superioridade da raça e das sociedades brancas

Entre as segundas, é importante salientar o Positivismo de Auguste Comte, que desempenhou forte influência sobre a "intelligentsia" brasileira nos primeiros anos da República.
Respondido por juscelino765
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Resposta:

Resposta correta: letra A) as explicações positivistas e evolucionistas sobre o impacto da mistura de raças na formação do caráter nacional brasileiro.

Explicação:

Entre o final do século XIX e início do século XX os pensamentos positivistas (tendo como ícone August Comte) e evolucionista desfrutavam de grande prestígio no Ocidente, não sendo diferente no Brasil. A própria instauração da República (1898) promovia tais concepções através de determinados símbolos, como a própria bandeira nacional ("Ordem e Progresso"). Durante tal período, tais pensamentos produziam conhecimentos "científicos" e/ou pseudocientíficos que buscavam, dentre outras questões, legitimar a dominação de algumas nações sobre outras populações. Durante o final do século XIX e a "corrida imperialista" se percebeu a utilização do discurso do "fardo do homem branco" e sua suposta superioridade "civilizacional". A mesma "superioridade" se encontra presente nos discursos do "Darwinismo Social", que julgava determinados povos "atrasados" e, por essa razão, inferiores do ponto de vista cultural. No Brasil, tais teorias ainda se avolumaram com as proposições de teóricos racialistas (como o francês Auguste Gobineau), que afirmavam que a "miscigenação" seria um empecilho para o progresso e modernização do Brasil. A intensificação do ingresso de imigrantes no Brasil no final do século XIX, além de suprir uma necessidade relacionada à mão-de-obra, também pode ser vista como uma política de "branqueamento" da população. Da mesma forma, é possível afirmar que políticas de "higienização", como o episódio da Revolta da Vacina (1904), também refletiam aspectos destes pensamentos pseudocientíficos. Por fim, é interessante notar que, posteriormente, a figura do "mestiço" foi valorizada por modernistas, com destaque para Gilberto Freyre em suas obras Manifesto Regionalista e na sua principal obra: Casa Grande Senzala.

Fonte: AgoraVaiENEM

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