movimento sociais no Brasil de 1979 a 1989
Soluções para a tarefa
Resposta: anos de 1980 entraram para a história recente do Brasil como “a década perdida”, em alusão à crise econômica que foi um entrave ao desenvolvimento do País na época. Políticas recessivas, arrochos salariais, desemprego e o fantasma da inflação eram fatores que reduziam o poder de compra do brasileiro e contribuíam para acelerar o processo de concentração de renda. Mas a década conhecida por esses desafios é pouco lembrada como aquela em que a revitalização política contribuiu definitivamente para a transição e consolidação do regime democrático. Essa é a perspectiva discutida no livro História de uma década quase perdida – PT, CUT, crise e democracia no Brasil: 1979-1989, do historiador Gelsom Rozentino de Almeida.
A década de 1980 não foi perdida porque nela ocorreram lutas políticas fundamentais para a conquista de liberdades e direitos. Ela abrange os últimos anos da ditadura militar, com o general presidente João Figueiredo; a transição conservadora com a eleição indireta de Tancredo Neves, que morreu antes de assumir; e, logo em seguida, a posse de José Sarney. A década fecha com a primeira eleição direta de um presidente após a abertura política, Fernando Collor, em 1989”, resume o autor. Na obra – publicada com recursos do programa de Apoio à Editoração (APQ 3), da FAPERJ, pela editora Garamond –, Rozentino oferece uma abordagem pouco explorada no campo historiográfico. “A maior parte da produção acadêmica sobre a contribuição política dos anos 1980 era de cientistas políticos e sociais, não de historiadores”, conta.