Monteiro Lobato foi um escritor brasileiro conhecido por produzir obras infantis, como o Sítio do Pacapau Amarelo. No entanto, o autor também escreveu fábulas e contos, como pode ser observado no trecho citado. Leia-o para responder às próximas duas questões.
A coruja e a águia
Coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes.
— Basta de guerra — disse a coruja. — O mundo é tão grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra. […]
— Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
— Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres e cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus. […]
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
— Horríveis bichos! — disse ela. — Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi ajustar as contas com a rainha das aves.
— Quê? — disse esta, admirada. — Eram teus filhos aqueles monstrengos? Pois, olha, não se pareciam nada com o retrato que deles me fizestes…
Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Lá diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece. […]
LOBATO, Monteiro. A coruja e a águia. Fábulas. 1. ed. São Paulo: Ciranda Cultural, 2019. p. 12.
Com base nos elementos que constituem a fábula, compreende-se que
(A)
a briga entre a águia e a coruja faz parte do conflito da narrativa.
(B)
a refeição de filhotes de coruja é caracterizada como a solução do conflito.
(C)
o conflito está presente no momento em que a águia come os filhos da coruja.
(D)
a situação inicial é dada pela trégua de ambos os animais.
Soluções para a tarefa
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Resposta:
letra D
Explicação:
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