Geografia, perguntado por Materia22, 9 meses atrás

Mesmo com muitas melhorias, por quê ainda há muito a ser feito pela população negra no Brasil e no mundo?

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Respondido por sallyface827
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Resposta:

As desigualdades educacionais, a população negra e a Educação de Jovens e Adultos1

Introdução

As desigualdades acumuladas na experiência social da população negra3

, nos

processos de escolarização tem sido denunciadas há muitos anos pelo movimento social negro, por

estudiosos das relações raciais4

, e, mais recentemente, também pelas análises no âmbito de órgãos

governamentais no Brasil. São desigualdades graves e múltiplas, afetando a capacidade de inserção

da população negra na sociedade brasileira em diferentes áreas e comprometendo o projeto de

construção de um país democrático e com oportunidades para todos.

Indicadores como anos de estudo, reprovação, evasão, distorção idade-série, o

currículo escolar desenvolvido, o desempenho dos estudantes, a relação professor-aluno, a

qualidade do equipamento escolar e sua localização, entre outros, tem sido divulgados nos últimos

anos mostrando as disparidades entre brancos e negros no acesso, permanência e conclusão dos

percursos escolares. Isto que significa que as variáveis utilizadas nas análises dessas desvantagens

escolares se ampliaram e com elas nossa possibilidade de melhor entender o fenômeno das

desigualdades raciais na educação e os mecanismos escolares de discriminação existentes.

Por exemplo, na pesquisa sobre “Desigualdade racial no Brasil: evolução das condições

de vida na década de 90”, Henriques (2001, p. 26) constatou que “55% do diferencial salarial entre

brancos e negros está associado à desigualdade educacional e outra parte da herança da

discriminação educacional infligida às gerações dos pais dos estudantes”, conforme segue

a escolaridade média de um jovem negro com 25 anos de idade gira em torno de 6,1 anos de

estudo; um jovem branco da mesma idade tem cerca de 8,4 anos de estudo. O diferencial é de

2,3 anos. Apesar da escolaridade de brancos e negros crescer de forma contínua ao longo do

século, a diferença de 2,3 anos de estudos entre jovens brancos e negros de 25 anos de idade é a

mesma observada entre os pais desses jovens. E, de forma assustadoramente natural, 2,3 anos é

a diferença entre os avós desses jovens. Além de elevado o padrão de discriminação racial

expresso pelo diferencial na escolaridade entre brancos e negros, mantém-se perversamente

estável entre as gerações

Explicação:

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