Memória de livros II
[...] Morávamos sempre em casarões enormes, de grandes portas, varandas e tetos altíssimos, e meu pai, que sempre gostou das últimas novidades tecnológicas, trazia para casa tudo quanto era tipo de geringonça moderna que aparecia. Fomos a primeira família da vizinhança a ter uma geladeira e recebemos visitas para examinar o impressionante armário branco que esfriava tudo. Quando surgiram os primeiros discos long play, já tínhamos a vitrola apropriada e meu pai comprava montanhas de gravações dos clássicos, que ele próprio se recusava a ouvir, mas nos obrigava a escutar e comentar.
[...] A maior casa onde moramos, mais ou menos a partir da época em que aprendi a ler, tinha uma sala reservada para a biblioteca e gabinete de meu pai, mas os livros não cabiam nela – na verdade, mal cabiam na casa. E, embora os interesses básicos dele fossem Direito e História, os livros eram sobre todos os assuntos e de todos os tipos. [...]
[...] Durante toda a minha infância, havia dois tipos básicos de leitura lá em casa: a compulsória e a livre, esta última dividida em dois subtipos – a livre propriamente dita e a incerta. A compulsória variava conforme a disposição de meu pai. Havia a leitura em voz alta de poemas, trechos de peças de teatro e discursos clássicos [...]. Líamos Homero, Camões, Horácio, Jorge de Lima, Sófocles, Shakespeare, Euclides da Cunha, dezenas de outros. Muitas vezes não entendíamos nada do que líamos, mas gostávamos daquelas palavras sonoras, daqueles conflitos estranhos entre gente de nomes exóticos, e da expressão comovida de minha mãe, com pena de Antígona e torcendo por Heitor na Ilíada. [...]
Nesse texto, no trecho “Morávamos sempre em casarões enormes, de grandes portas, varandas e tetos altíssimos,...” (1º parágrafo), a forma verbal destacada
está no futuro e indica um fato que ainda vai acontecer.
está no presente e aponta que a ação ocorre no momento da fala.
está no pretérito imperfeito e marca uma descrição.
está no pretérito perfeito e apresenta um acontecimento concluído.
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Resposta:
No fragmento ...esse calor rançoso dos dormitórios, que, mesmo asseados, cheiram a gado humano. Há uma oração subordinada
A.adjetiva
B.apositiva
C.substantiva
D.objetiva direta
Explicação:
andreluizmobileff:
mn q? i a resposta kd?
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