Question

MELHOR UM MAGICO NA MÃO QUE DOIS VOANDO Discretamente maquilado, sorri o pálido rosto do mágico, debaixo dos refletores, enquanto no alto a mão volteia, se espalma, e em gesto de quase dança mergulha seca na cartola. Mas algo parece retê-la lá dentro. Esforça-se o mágico, puxa, joga para trás o peso do corpo. Tenta sorrir para o público. E já o antebraço afunda na cartola, some o cotovelo. Ainda luta cravando a outra mão no tampo da mesinha. Depois os pés. Inútil. O ombro é tragado no vórtice das abas, nem se salvam o pescoço esticado, a cabeça. Diante da plateia expectante que acredita tratar-se de um novo truque, todo o corpo desaparece pouco a pouco, num último adejar das caudas do fraque. No fundo de cetim preto, triunfa o coelho. Pela primeira vez, conseguiu botar um mágico na cartola. (Marina Colasanti. Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro: Rocco, 1986) (2010_LPT_EM3_H43_0560_SUP) (2010_LPT_EM3_H43_0560) O trecho que marca o início do conflito que será desenvolvido no conto é "E já o antebraço afunda na cartola," "Depois os pés." "Mas algo parece retê-la lá dentro." "O ombro é tragado no vórtice das abas," "Tenta sorrir para o público."

Answer 1

Resposta:

c) “Mas algo parece retê-la lá dentro.”

Explicação:

Este é o momento exato em que os acontecimentos tomam um rumo conflituoso, antes disso tudo ia de acordo com o que estava previsto, e foi só após essa primeira quebra de expectativa que as coisas começam a darem errado.

Answer 2

Resposta: C)

Explicação: mas algo parece rete-la lá dentro