Mediante força pode ser levado a se mover com o movimento (circular)um outro corpo diferente (dos corpos celestes); entretanto, isso não ocorre naturalmente na hipótese de ser cada um dos corpos simples possuir individualmente apenas movimento Natural
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Explicação:
Vamos distinguir o que é cada um na visão de Aristóteles.
O que é o movimento natural segundo Aristóteles?
Todos os corpos e magnitudes naturais são capazes de locomoção; pois a natureza é seu princípio de movimento. Mas todo movimento que acontece em um lugar, toda locomoção, é ou reto ou circular ou uma combinação desses dois, que são os únicos movimentos simples. E a razão para isso é que esses dois, a linha reta e a linha circular, são as únicas magnitudes simples. A revolução em torno do centro é o movimento circular, enquanto os movimentos para cima e para baixo do centro são em linha reta, “para cima” significando o movimento do centro para fora, e “para baixo” o movimento na direção do centro. Todo movimento simples, então, necessariamente é um movimento para fora ou na direção ou em torno do centro. Isso parece estar de acordo com o que dissemos agora: um corpo tem sua compleição em três dimensões, portanto seu movimento se completa em três formas.
O que é o movimento violento segundo Aristóteles?
Segundo Aristóteles, o movimento violento refere-se a corpos que são movidos do seu local de origem mediante a aplicação de uma força externa.
Para o filósofo, um corpo, em seu estágio natural, encontra-se em repouso. Este objeto somente se move caso sejam aplicadas forças externas que o puxem ou empurrem, como por exemplo o movimento de carroças sendo puxadas por animais, barcos que se movem com a força dos ventos sobre suas velas.
Diferença:
De acordo com a física de Aristóteles, havia uma distinção fundamental entre movimentos naturais e violentos. Quando a causa do movimento era interna ao corpo que se movia, esse movimento era considerado natural. Supunha-se que o movimento violento tinha uma causa eficiente externa. Ele deveria cessar logo que essa causa externa interrompesse sua ação. Acreditava-se que a queda de um corpo tivesse uma causa interna – a própria natureza de um corpo pesado – mas o movimento de um projétil era considerado acidental e violento, produzido por um agente externo e mantido pela ação contínua do ar em torno dele. Essas distinções desapareceram da física durante o século 17. Descartes e Newton não tratam mais desse tipo de questão. No entanto, no pensamento de Galileu Galilei essas distinções ainda estava presentes, e tinham um papel relevante em sua física. Alguns argumentos apresentados por Galileu nos Diálogos sobre os dois principais sistemas do mundo dependem de sua caracterização do movimento circular como sendo "natural". Considerações sobre movimentos naturais ou violentos, circulares ou retos, formaram uma armadilha em que Galileu caiu, extraviando-o e levando-o a idéias que parecem completamente estranhas, do ponto de vista de mecânica clássica. Este artigo mostra como Galileu lutou com esses conceitos aristotélicos quando tentou compreender a natureza do movimento de corpos que caem.