Me falem sobre oq vocês entenderam pelo conto ‘o afogado’ ?
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Não, não dá pé.” É assim que o mestre Rubem Braga inicia o brevíssimo conto “O Afogado”. O personagem principal está à deriva em mar aberto, lutando para sobreviver ao afogamento enquanto observa a praia, não muito distante. Seria uma história de suspense e tensão, porém, um tanto simplória, não fosse o toque especial de Braga, que adiciona um perigoso orgulho ao afogado do título, que decide não pedir ajuda, em hipótese alguma.
Ao soltar um meio grito, impulso normal de uma pessoa em perigo, é atingido pela vergonha de que os banhistas o tenham ouvido. Exausto, ele ainda luta, mas seus pensamentos vão se tornando sombrios: “…o horário agora é de morrer, e não de ser salvo”. Contudo, não aceita a indignidade de uma morte histérica: “…calma, é preciso ter calma. Não apenas para salvar-se, ao menos para morrer direito, sem berraria nem escândalo”.
No limite de suas forças, o afogado se debate entre as ondas que o empurram contra as rochas: “...faz gestos desordenados e isso o assusta ainda mais; então reage e resolve, com uma espécie de frieza feroz, que não fará mais esses movimentos idiotas, haja o que houver; isso é pior do que tudo, essa epilepsia de afogado”.
Abrindo mão de auxílio, o afogado conta com a sorte para se salvar. Ao se ver longe do mar, é tomado pela sensação de vitória, sente-se forte e superior aos banhistas que conversam ao seu redor, indiferentes ao drama do homem.
A grandeza das conquistas pessoais, sendo este um exemplo extremo, ainda que sem reconhecimento, não deixa de causar orgulho. A arriscada empreitada, movida por força e soberba, é coroada na apatia da platéia diante da vitória, tal qual seria na derrota.
Em ondas e arrebentações, Rubem Braga consegue ao mesmo tempo glorificar e reduzir o sobrevivente. Tão grande, tão parvo. Escravo de seu ego, dono de sua vida. Afogado em si mesmo, um oceano invencível.
O conto O afogado, de Rubem Braga, transmite a mensagem de alguém que está tentando incessantemente fazer algo, mas sempre surgem obstáculos que limitam sua ação, metaforicamente retratados como as ondas do mar.
Interpretação do conto O afogado, de Rubem Braga
Tal conto narra de forma extensa e em detalhes as lutas enfrentadas por um banhista para que não morresse dentro da fúria do mar, nadando, se agarrando a pedras e descansando brevemente para prosseguir sua batalha, tendo tido sucesso em determinado momento, ao passo que retornou para a praia e se deitou na areia, refletindo sobre sua possível morte.
O autor quer comunicar que, muitas vezes, por mais que se tente, aparecem obstáculos, mas que é válido prosseguir tentado, mesmo quando se está cansado.
Segue um trecho do conto O afogado, de Rubem Braga:
A força dos músculos esgotou-se; sua respiração está curta e opressa. É preciso ter calma. Vira-se de barriga para cima e tenta se manter assim, sem exigir nenhum esforço dos braços doloridos.
Aprenda mais sobre as obras de Rubem Braga: brainly.com.br/tarefa/22161411
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