Me faça uma Redação: Tema: “ Cultura Afro nas atividades rítmicas e esportivas” completo por favor
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Resposta:
vc falou completa tome então completa
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Explicação:
Com a promulgação das leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, que alteraram o artigo
26-A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para inclusão, respectivamente
da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” e “Indígena”, instituiu-se que os diferentes
componentes curriculares da Educação Básica deveriam incluir “[...] conteúdos referentes
à História e Cultura Afro-Brasileira” em seus currículos (BRASIL, 2008). De acordo com os
Parâmetros Curriculares Nacionais, o componente curricular Educação Física é o responsável
por tematizar as diferentes manifestações da cultura corporal de movimento: “[...] o jogo, a
ginástica, o esporte, a dança, a capoeira e outras temáticas que apresentarem relações com
os principais problemas dessa cultura corporal de movimento e o contexto histórico-social dos
alunos” (BRASIL, 1998, p. 26).
Apesar disso e do tempo já decorrido da elaboração dessas leis, verifica-se que, apesar
da produção crescente, ainda há relativamente pouco implantado ou produzido a respeito da
inclusão de conteúdos da cultura afro-brasileira na disciplina que tematiza a cultura corporal de
movimento: a Educação Física (SOARES, 2015). Podem ser citados, neste sentido, os estudos
de Rangel (2006); Rangel et al. (2008); Mattos (2007); Santos (2007); Rodrigues (2013) e Pirez
e Souza (2015).
O presente artigo tem entre suas premissas discutir as possibilidades de se fazer esta
inclusão naquela que é a mais predominante manifestação da cultura corporal de movimento
no período contemporâneo, o esporte (TUBINO, 2010; GALVÃO; RODRIGUES; SANCHES
NETO, 2011). Importante lembrar, aliás, que este conteúdo foi ou é praticamente hegemônico
nas aulas de Educação Física (BRACHT, 2010), se limita “[...] ao contexto estadunidense e/ou
europeu do futebol, voleibol, basquetebol e handebol” (GONÇALVES JUNIOR, 2009, p. 704)
e, muitas vezes, se vale de um processo de ensino limitado a um fazer descompromissado,
o que oblitera uma grande oportunidade de se discutir as grandes questões sociais que o
envolvem.
Embora a opção pelo conteúdo Esporte como elemento para o ensino da História e
Cultura Afro-Brasileira seja passível de críticas por este ser, a princípio, um fenômeno de origem
europeia, é importante ressaltar que, durante seu desenvolvimento, este passou a ter caráter
universal, tendo, inclusive, vários filhos da diáspora africana como protagonistas (OLIVEIRA,
2008). Rodrigues e Galvão (2011, p. 90-91) reforçam a possibilidade de sua utilização ao
afirmarem que o esporte, por “[...] estar sempre presente na mídia, relevando e revelando
conflitos”, pode ser gerador de reflexões sobre temas como a prática de discriminação nas
atividades esportivas, tema caro à educação das relações étnico-raciais, objeto, também, da
promulgação das leis anteriormente mencionadas.
Neste estudo, especificamente, fez-se a opção por estudar este fenômeno via uma das
principais modalidades esportivas da Educação Física, o Atletismo, considerado por Matthiesen
(2007) um conteúdo clássico da área, inclusive por estar presente desde a primeira edição dos
antigos Jogos Olímpicos Gregos, realizada em 776 a. C. Aliás, em relação a essa modalidade,
há indícios de que as origens de algumas de suas provas atuais estivessem, inclusive, muito
além do mundo grego. Oro (2009, p. 18), com base em informações de especialistas alemães,
afirma que dentre estas existem “[...] também exercícios de origem africana”. Com base em
Vieira e Freitas (2007) depreende-se que o autor faça referência, neste caso, à descoberta feitapor outros estudiosos, não citados, de que havia provas de arremesso de pedras, precursoras
do arremesso do peso, em festividades da civilização egípcia.
Esse exemplo, por si só, demonstra a viabilidade de se tratar das questões afeitas às
relações étnico-raciais e a História e Cultura Afro-Brasileira por meio do Atletismo. Mas, além
deste fato, sabe-se que houve diversos fatos ou fatores que fizeram com que os povos de
origem africana tivessem papel destacado em seu desenvolvimento. Destaque esse que não
se limitou apenas à sua predominância nas pistas, por meio de inúmeros títulos e recordes,
mas também fora delas, tanto que o último presidente de sua principal entidade, a Associação
Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), foi um africano, o senegalês Lamine Diak.
Tendo em vista estas possibilidades, a constatação de que pouco foi produzido neste sentido
e a necessidade de que este tipo de informação fosse disseminado para que se pudesse
verificar a real pertinência de sua utilização em aulas de Educação Física, buscou-se, neste
estudo, averiguar a visão de participantes de um curso de extensão a distância sobre Atletismo
e ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, a respeito da adequação desta modalidade à
temática.