ENEM, perguntado por mariajuliacardoso227, 3 meses atrás

Me ajudem!!! Tenho um debate terça feira (13) e eu preciso ser a favor do feminismo e contra a reforma agrária, alguém me ajuda com argumentos plsss

Soluções para a tarefa

Respondido por laischouye1998
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Resposta:

Não que o MST seja mais ou menos feminista ou machista que outras entidades ou a sociedade brasileira como um todo. O que está em pauta no I Encontro é como essa polarização se reflete na luta pela justiça fundiária no Brasil.

Para Eliandra Rosa Fernandes, dirigente nacional do MST pelo Espírito Santo, está claro que as duas lutas são sincrônicas. “Nós não vamos fazer primeiro a reforma agrária pra depois fazer a luta pela igualdade de gênero. Tem que ser concomitante”, assevera.

Ao longo da história do Movimento, recorda, as mulheres sempre foram e são “as primeiras a ir pro front contra a polícia e pistoleiros, a iniciar a ocupação. Depois de assentadas, ficavam em casa, não participavam das assembleias, das decisões sobre crédito, sobre o que plantar. Hoje, não! Esse debate vem junto”, testemunha.

No início do Movimento, há 35 anos, era muito comum mulheres sem documentos, sem carteira e trabalho ou de identidade, e que não constavam nos contratos de comodato da terra. “Em caso de separação a terra ficava com os homens. Hoje, não!”, exemplifica, falando ainda do trabalho junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para que o primeiro nome no contrato seja o da mulher.

Houve, constata Eliandra, uma considerável “elevação do nível de consciência das companheiras, que aprenderam a falar em público, a fazer um ‘debate de igual pra igual’ em espaços de direção”. “Hoje, há muitas mulheres fazendo viagens internacionais, representando o MST no mundo”, comemora.

Com isso, ganha em qualidade não só a vidas mulheres, mas todo o Movimento. “Crianças, juventude, agroecologia ... as mulheres são as principais a defender a agroecologia, a diversificação da produção. Esse olhar da produção de subsistência, do quintal, da saúde alternativa, é muito feminino e a gente consegue trazer esses temas pro diálogo com a sociedade”, observa.

São questões que compõem todo do movimento e toda a sociedade, não apenas o universo das mulheres sem terra. “A ocupação da terra é o nosso principal instrumento de luta, mas há várias outras coisas que compõem o movimento, ligado à proposta da reforma agrária popular, e que é importante que toda a sociedade compreenda, porque é uma luta de todas. É a partir da reforma agrária que você produz alimentos saudável, preserva o meio ambiente, a educação de qualidade”, explica.

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